8º ANO

 
 

A REVOLUÇÃO  INDUSTRIAL

 

A Revolução Industrial significou a substituição da mão de obra humana e das ferramentas pela máquina, e contribuiu para consolidar o capitalismo como modo de produção dominante.

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou com a introdução das máquinas e o surgimento de fábricas. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias.


O PIONEIRISMO DA INGLATERRA - A Inglaterra industrializou-se cerca de um século antes de outras nações, por possuir uma série de condições históricas favoráveis dentre as quais, destacaram-se:

 

- a grande quantidade de capital acumulado pela burguesia durante a fase do mercantilismo, ou seja, do desenvolvimento comercial entre os séculos XV ao XVIII;

- o vasto império colonial consumidor e fornecedor de matérias-primas, especialmente o algodão, já que a primeira atividade a ser industrializada foi a produção têxtil;

- a mudança na organização da propriedade territorial inglesa, com a aprovação dos cercamentos, ou seja, a reserva das terras para a criação de ovelhas, responsável por uma grande expulsão de camponeses desempregados para as cidades.

- disponibilidade de mão-de-obra abundante e barata nas cidades.

- a existência de um Estado liberal na Inglaterra, que desde 1688, com a Revolução Gloriosa (1689), transformou a Monarquia Absolutista inglesa em Monarquia Parlamentar, libertando a burguesia de um Estado centralizado e controlador da economia, para dar lugar a um Estado liderado por essa burguesia.

 
O PROCESSO DE PRODUÇÃO - A partir da máquina, fala-se numa primeira, num a segunda e até numa terceira Revolução Industrial. O primeiro momento foi  iniciado na Inglaterra, como já dissemos, com o uso da energia a vapor, no século XVIII, nas fábricas de tecidos. O segundo momento foi marcado pelo aparecimento de tecnologias novas, como a energia elétrica e o motor à combustão, no século XIX, em outros países europeus, como a França, Holanda, Bélgica, Alemanha e Itália, nos Estados Unidos (América do Norte) e Japão (Ásia).O terceiro momento foi representado respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI.


DESDOBRAMENTOS SOCIAIS - A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, com o surgimento do proletariado urbano (classe operária), como classe social definida. Vivendo em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetido a salários irrisórios, com longas jornadas de trabalho, o operariado nascente era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas. Grande parte da mão-de-obra masculina adulta vivia desempregada, provocando em escala crescente a utilização de mulheres e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas, já que seus salários eram menores que o dos homens. O agravamento dos problemas sócio-econômicos com o desemprego e a fome, foram acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Quais as mudanças trazidas pela Revolução Industrial ?              

2) Qual o país pioneiro na Revolução Industrial ?

3) O que fez a burguesia industrial para alcançar maiores lucros nas vendas de seus produtos ?

4) Um dos fatores que explica o pioneirismo inglês na Revolução industrial foi a acumulação de capital pela burguesia. Como e quando esse fato ocorreu?

5) Qual a primeira atividade econômica que foi industrializada, a partir do século XVIII, na Inglaterra ?

6) Qual a principal conseqüência social dos cercamentos dos campos, para a Revolução Industrial inglesa ?

7) Qual a principal transformação política ocorrida na Inglaterra, após a vitória da Revolução Gloriosa pela burguesia, em 1689 ?

8) Quais os países que se industrializaram, após a Inglaterra, durante a “Segunda Revolução Industrial”, no século XIX ?

9) Em que momento da Revolução Industrial, nossa sociedade atual está vivendo ? Por quê ?

10) Como era a vida da classe operária nos primeiros anos da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX ?

           

GABARITO – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 

  1. R: substituição da mão de obra humana e das ferramentas pela máquina e consolidação do capitalismo como modo de produção dominante
  2. R: A Inglaterra
  3. R: Buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias, com menores custos e produção acelerada com o uso de máquinas
  4. R: Com o desenvolvimento comercial, durante a fase do mercantilismo, entre os séculos XV ao XVIII
  5. R: A produção têxtil, ou seja, fabricação de tecidos
  6. R: Uma grande expulsão de camponeses desempregados para as cidades, estabelecendo-se como mão de obra barata para as fábricas
  7. R: Transformou a monarquia absolutista inglesa em monarquia parlamentar, libertando a burguesia de um Estado centralizado e controlador da economia, para dar lugar a um Estado liderado por essa burguesia
  8. R: Países europeus, como a França, Holanda, Bélgica, Alemanha e Itália, os Estados Unidos (América do Norte) e Japão (Ásia)
  9. R: O terceiro momento ou terceira Revolução Industrial, representado respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI
  10. R: Vivia em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetida a salários irrisórios, com longas jornadas de trabalho. O operariado era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas. Grande parte da mão-de-obra masculina adulta vivia desempregada, provocando em escala crescente a utilização de mulheres e crianças como trabalhadores nas fábricas

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

O ILUMINISMO

 

O Iluminismo, também chamado de “Ilustração”, foi um movimento filosófico que evoluiu na Europa, durante o século XVIII, e que tornou essa época conhecida como o “Século das Luzes”. A Ilustração tinha por objetivo propor a transformação da sociedade e da política, cujos governos eram controlados por reis absolutistas e por setores do clero (membros importantes da Igreja) e da nobreza, que detinham o monopólio de quase toda a riqueza e dos direitos políticos. O “Antigo Regime”, como também eram conhecidos os governos absolutistas da Europa, tornaram-se sistemas de governo inadequados às transformações que aconteciam no Ocidente naquele momento histórico. A burguesia, em ascensão com o crescimento das atividades comerciais, se via limitada frente ao poder dos reis e da nobreza, que a colocava numa posição inferior. A sociedade era desigual, pois a burguesia e outras classes subalternas, como a dos operários, artesãos e camponeses não possuíam voz no governo. O povo era submetido às decisões injustas e arbitrárias das classes privilegiadas, ou seja, o clero e a nobreza. O Antigo Regime passou a se tornar alvo das críticas burguesas.

As bases do Iluminismo tiveram sua origem na Revolução Científica do século XVII. Nesse período aconteceu um grande avanço da filosofia e da ciência, onde se destacou o método experimental e racional para se entender o mundo. Essas ideias foram aplicadas à política e a sociedade, que passaram a ser entendidas por uma visão racional, separando-as da influência da religião. Os filósofos iluministas se opuseram ao injusto sistema de privilégios e passaram a defender a igualdade de direitos de todos perante a lei. Contra a Monarquia Absolutista, alguns deles sustentaram a formação de um governo representativo, em forma de uma monarquia constitucional ou mesmo uma república democrática, onde os governantes fossem eleitos pelo voto. A intolerância religiosa e a rigorosa censura imposta pelos estados absolutistas entraram em confronto com os ideais de liberdade religiosa e de expressão, pregados pelos iluministas.

 

OS PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS:

 

John Lock (Inglaterra) - As ideias desse filósofo ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Lock dizia que todos os homens ao nascer tinham os mesmos direitos: direito a vida, a liberdade e a fraternidade. Para garantir direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, as pessoas teriam direito de se revoltar contra eles. As pessoas poderiam questionar as autoridades.

 

Voltaire (França), autor do “Dicionário Filosófico” e das “Cartas Inglesas”, criticou os privilégios da nobreza e do clero. Reconhecia que algumas nações deveriam ser governadas por monarcas centralizadores, porém aconselhados por filósofos iluministas. Alguns reis europeus do período, por governarem influenciando-se pelas idéias ilustradas, ficaram conhecidos como déspotas esclarecidos.

 

Montesquieu (França), autor de “O espírito das Leis”, defendia a divisão do poder em três setores que conhecemos bem atualmente: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Cada um deles deveria ser autônomo e fiscalizador dos demais. Seu pensamento foi a base dos atuais sistemas de governo.

 

Russeau (França), autor de “O Contrato Social”, defendia a concepção de democracia, onde a vontade da maioria deveria prevalecer no governo de um estado, portanto, a soberania do povo deveria ser expressa através do voto. Foi o “Pai da Democracia”.

 

Diderot e D’Alembert (França) organizaram “A Enciclopédia”, uma obra que englobava um quadro geral da produção científica, filosófica e artística dos iluministas. A Enciclopédia foi um grande instrumento de divulgação das novas idéias ilustradas.

 

As idéias iluministas influenciaram movimentos revolucionários na Europa, como a Revolução Francesa (1789) e as Revoluções liberais do século XIX, que derrubaram diversos governos absolutistas.

No continente americano, o Iluminismo foi interpretado pelos colonos como uma filosofia de libertação política e econômica das metrópoles européias que dominavam as colônias da América. A Ilustração teve grande influência nas colônias inglesas da América do Norte, sendo a base das idéias que levaram à independência dos Estados Unidos da América, no final do século XVIII. Na América latina, o Iluminismo influenciou as elites coloniais nos movimentos de independência da América espanhola, ao longo do início do século XIX. No Brasil, o iluminismo influenciou grandemente a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798), movimentos estes que tentaram fazer a independência do domínio colonial português.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Qual o nome do movimento filosófico europeu que desenvolveu-se no “século das luzes”, ou seja, o século XVIII ?

2) Qual o objetivo das idéias iluministas ?    

3) Quem eram as classes sociais privilegiadas que detinham o poder nos estados absolutistas da Europa e que passaram a ser duramente criticadas pelo Iluminismo ?

4) Como também foram chamados os governos absolutistas da Europa na época do surgimento das idéias iluministas ?

5) Por que a burguesia se via limitada frente ao poder dos reis e da nobreza, nos estados absolutistas da Europa ?

6) Em que movimento intelectual, surgido no século XVII, que as ideias iluministas se inspiraram?

7) Cite as características da Revolução Científica do século XVII.                             

8) Cite 1 característica das idéias propostas pelos filósofos iluministas, quanto as seguintes questões:

     a) Direitos políticos -

     b) Melhor sistema de Governo -

     c) Contra a intolerância religiosa e a censura - 

 

9) O que defendeu o filósofo iluminista inglês John Locke, quanto aos direitos do homem?

10) De acordo com o filósofo John Locke, de que forma o povo deveria reagir contra os governos arbitrários, que não respeitassem os direitos do cidadão ?

11) O que afirmou o filósofo Voltaire em suas obras: “Dicionário Filosófico” e as “Cartas Inglesas?

12) Quem foram os déspotas esclarecidos da Europa, no século das luzes ?

13) O que afirmou o filósofo Montesquieu em suas “O Espírito das Leis” ?

14) Por que o filósofo iluminista Russeau, autor de “O Contrato Social” ficou conhecido como o “pai da democracia” ?

15) O que foi a “A Enciclopédia”, organizada pelos filósofos iluministas Diderot e D’Alembert?

16) Quais os movimentos revolucionários ocorridos na Europa que foram influenciados pelas idéias iluministas ou ilustradas ?

17) Como as idéias iluministas foram interpretadas pelos colonos do continente americano?

18) Quais os movimentos revolucionários de independência na América, que foram influenciados pelas idéias iluministas ou ilustradas, abaixo:

 

     a) Na América do Norte -

     b) Na América Latina -

     c) No Brasil colonial -

 

GABARITO – O ILUMINISMO

 

1) R: Iluminismo ou Ilustração

2) R: Propor a transformação da sociedade e da política, cujos governos eram controlados por reis absolutistas e por setores do clero (membros importantes da Igreja) e da nobreza, que detinham o monopólio de quase toda a riqueza e dos direitos políticos.

3) R: O rei, o clero (membros importantes da Igreja) e a nobreza.

4) R: O “Antigo Regime”.

5) R: . A sociedade era desigual, pois a burguesia e outras classes subalternas, como a dos operários, artesãos e camponeses não possuíam voz no governo. O povo era submetido às decisões injustas e arbitrárias das classes privilegiadas, ou seja, o clero e a nobreza.

6) R: A Revolução Científica do século XVII.

7) R: Nesse período aconteceu um grande avanço da filosofia e da ciência, onde se destacou o método experimental e racional para se entender o mundo.

8) R: a) Os filósofos iluministas se opuseram ao injusto sistema de privilégios e passaram a

              defender a igualdade de direitos de todos perante a lei.

     b) Contra a Monarquia Absolutista, alguns deles sustentaram a formação de um go-

           verno representativo, em forma de uma monarquia constitucional ou mesmo uma

            república democrática, onde os governantes fossem eleitos pelo voto.

     c) Os iluministas pregaram a liberdade religiosa e de expressão.

9) R: Lock dizia que todos os homens ao nascer tinham os mesmos direitos: direito a vida, a liberdade e a fraternidade.

10) R: As pessoas teriam direito de se revoltar contra eles. As pessoas poderiam questionar as autoridades.

11) R: Voltaire criticou os privilégios da nobreza e do clero. Reconhecia que algumas nações deveriam ser governadas por monarcas centralizadores, porém aconselhados por filósofos iluministas.

12) R: Alguns reis europeus do período, por governarem influenciando-se pelas idéias ilustradas ou iluministas.

13) R: Montesquieu defendia a divisão do poder em três setores: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Cada um deles deveria ser autônomo e fiscalizador dos demais.

14) R: Russeau defendia que a vontade da maioria deveria prevalecer no governo de um estado, portanto, a soberania do povo deveria ser expressa através do voto.

15) R: A Enciclopédia foi uma obra que englobava um quadro geral da produção científica, filosófica e artística dos iluministas. A Enciclopédia foi um grande instrumento de divulgação das novas idéias ilustradas.

16) R: A Revolução Francesa (1789) e as Revoluções liberais do século XIX, que derrubaram diversos governos absolutistas.

17) R: O Iluminismo foi interpretado pelos colonos como uma filosofia de libertação política e econômica das metrópoles européias que dominavam as colônias da América.

18) R:

a) A independência dos Estados Unidos da América, no final do século XVIII.

b) A independência da América espanhola, ao longo do início do século XIX.

c) a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798), movimentos estes que  

    tentaram fazer a independência do domínio colonial português.

 

 

O LIBERALISMO ECONÔMICO

 

A teoria do liberalismo econômico surgiu no final do século XVIII, no contexto do fim do mercantilismo e dos Estados Absolutistas que, naquele momento; eram duramente criticados pelas idéias iluministas. Era, também, um período em que tornou-se necessário estabelecer uma nova ordem econômica, já que o capitalismo estava se firmando cada vez mais. A ideia central do liberalismo econômico é o fim da intervenção do Estado na economia. A teoria do liberalismo originou-se de duas escolas de pensamento econômico: a Escola Fisiocrática, na França e a Escola Clássica, na Inglaterra.

A ESCOLA FISIOCRÁTICA - Foi a primeira escola econômica liberal. As obras formuladas pelos fisiocratas situam-se entre 1756 e 1778, na França. Faziam parte integrante do movimento intelectual e científico chamado de “o Enciclopedismo”, elaborado a partir de 1750. Seu principal representante foi o Dr. François Quesnay, médico da corte do rei da França, Luís XV. Quesnay afirmava que a verdadeira atividade produtiva era a agricultura pois todas as outras atividades, como o comércio e a indústria eram consideradas estéreis, e dela dependiam para o fornecimento de matérias-primas. Outro pensador foi Vincent de Gournay, o qual dizia que as atividades comerciais e industriais deveriam usufruir de liberdade, para assim se desenvolverem e alcançarem a acumulação de capitais. Daí originou-se a expressão em língua francesa, que tornou-se o símbolo do liberalismo econômico, "laissez faire, laissez aller, laissez passer” que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar", ou seja, a economia deveria ser livre.

A ESCOLA CLÁSSICA - O principal teórico e pai da teoria do liberalismo econômico foi Adam Smith. Esse economista escocês confrontou as ideias de Quesnay e Gournay, por volta de 1776, afirmando em seu livro "A Riqueza das Nações” as principais ideias do liberalismo econômico. Para ele, a ideia de que a agricultura era a principal atividade, como pensavam os fisiocratas franceses, era uma noção economicamente falsa e estreita, decorrente de uma errada concepção sobre o valor. Adam Smith afirmou que a prosperidade econômica e a acumulação de riquezas de um país não são concebidas através da atividade rural e nem comercial, mas sim através do trabalho livre, sem nenhum agente regulador ou interventor. Para Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado dispunha de mecanismos próprios de regulação da mesma. Os defensores da Escola Clássica inglesa passaram a defender a livre concorrência, ou livre comércio e a “lei da oferta e da procura" para liberar o desenvolvimento econômico de um pais. Estes teóricos foram os primeiros a tratar a economia como ciência.

Alem de Adam Smith, a Escola Clássica inglesa possuiu outros teóricos que muito contribuíram para a economia moderna. Foram eles:

Robert Malthus (1766-1843) - Sua contribuição se deu com a teoria da população, cuja repercussão perdura até os dias atuais. No seu "Ensaio Sobre a População" afirmou que se em um país o crescimento da população não for contido, irá ela dobrando de tamanho de 25 em 25 anos, enquanto que os meios de subsistência nas mais favoráveis circunstâncias, nunca aumentam o suficiente para abastecer a população em crescimento. O desenvolvimento populacional, de acordo com essas progressões, inevitavelmente à catástrofe, ou seja a crise, falta de abastecimento e fome. Segundo
Malthus, porém, se a espécie humana ainda não desapareceu, foi devido as contínuas interrupções da propagação dessa espécie, devido as epidemias e guerras. Ele também

aconselha a limitação voluntária da natalidade e o controle da população pelo Estado.

David Ricardo (1772-1823) - Em sua obra "Princípios de Economia Política e
Tributária", ele expõe suas teorias do "valor" e da "renda". Na primeira, ele diz que
o custo da produção determina o valor dos bens. Assim, há uma ligação entre o trabalho e o valor das coisas.

Stuart Mill (1806-1873) - A sua importância na escola clássica foi introduzir uma nova ordem de preocupações de caráter social, cuja a síntese, seria a busca da justiça social, ou seja, o reconhecimento daqueles que produzem: os trabalhadores.

A Escola Clássica não desapareceu como a dos fisiocratas, no final do século XVIII. A influência por ela exercida não ficou restrita somente à Inglaterra. A economia moderna inspirou-se em tendências mais ou menos semelhantes a essas teorias e são utilizadas até nossos dias, sofrendo alterações aqui e acolá.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) O que criticavam as idéias iluministas?

2) Por que, no final do século XVIII, tornou-se necessário estabelecer uma nova ordem econômica?

3) Qual a idéia central do liberalismo econômico?

4) Quais as duas escolas de pensamento econômico que originaram o liberalismo econômico ?

5) O que afirmavam em suas teorias econômicas, os seguintes representantes da Escola Fisiocrática, abaixo:

 

a) Dr. François Quesnay -

b) Vincent de Gournay –

 

6) Qual o significado da expressão francesa que tornou-se o símbolo do Liberalismo Econômico: “Laissez faire, laissez aller, laissez passer”? 7) Quem foi o principal teórico e pai da teoria do liberalismo econômico?

8) O que afirmou Adam Smith em sua obra “A Riqueza das Nações”?

9) O que defenderam os representantes da Escola Clássica inglesa para liberar o desenvolvimento econômico de um país?

10) O pensador Robert Malthus, em sua obra “Ensaio Sobre a População”, criou a teoria Malthusiana. O que ele afirmou nessa obra?

11) De acordo com Malthus, de que forma o crescimento populacional em excesso pode ser contido?

12) Qual a importância do pensador Stuart Mill para a Escola Clássica Inglesa?

13) Por que a Escola Clássica inglesa tornou-se importante para a economia mundial? 

 

GABARITO - O LIBERALISMO ECONÔMICO

  1. R: O mercantilismo e os Estados Absolutistas.
  2. R: Porque o capitalismo estava se firmando cada vez mais.
  3. R: Pregava o fim da intervenção do Estado na economia.
  4. R: A Escola Fisiocrática, na França e a Escola Clássica, na Inglaterra.
  5. R:
  1. Dr. François Quesnay - afirmava que a verdadeira atividade produtiva era a agricultura, pois todas as outras atividades, como o comércio e a indústria, eram consideras estéreis, pois dela dependiam para o fornecimento de matérias-primas.
  2. Vincent de Gournay - dizia que as atividades comerciais e industriais deveriam usufruir de liberdade, para assim se desenvolverem e alcançarem a acumulação de capitais.
  1. R: "Deixai fazer, deixai ir, deixai passar", ou seja, a economia deveria ser livre.
  2. R: Adam Smith
  3. R: Adam Smith afirmou que a prosperidade económica e a acumulação de rique­zas de um país não são concebidas através da atividade rural e nem comercial, mas sim através do trabalho livre, sem nenhum agente regulador ou interventor.
  4. R: a livre concorrência, ou livre comércio e a "lei da oferta e da procura".
  1. R: afirmou que se em um país o crescimento da população não for contido, irá ela dobrando de 25 em 25 anos, enquanto que os meios de subsistência nunca aumentam o suficiente para abastecer a população em crescimento. De acordo com essas progressões, conduzirá inevitavelmente à falta de abastecimento e fome.
  2. R: Ele aconselha a limitação voluntária da natalidade e o controle da população pelo Estado.
  3. R: Ele introduzir uma nova ordem de preocupações de caráter social, a busca da justiça social, ou seja, o reconhecimento daqueles que produzem: os trabalhadores.
  4. R: A economia moderna inspirou-se em tendências mais ou menos semelhantes

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

A  REVOLUÇÃO  FRANCESA

 

A Revolução Francesa, iniciada em 1789, foi uma revolução liderada pela burguesia, pois foi essa classe que se beneficiou com as transformações políticas, econômicas e sociais causadas pelo movimento. O desenvolvimento do comércio e do setor manufatureiro fortaleceu a classe burguesa, que passou a desejar o poder político e a questionar os privilégios da nobreza e do clero e o poder do rei absolutista, Luis XVI, que governava a França.

 

A SOCIEDADE – A sociedade francesa era desigual. Era dividida em três ordens ou estados, de acordo com a sua condição de nascimento. O primeiro estado, o clero (membros do alto escalão da Igreja), e o segundo, a nobreza, eram as classes privilegiadas. Na França, a nobreza e a Igreja detinham grande parte das terras, eram isentos do pagamento de impostos e ocupavam os principais cargos administrativos do Estado. O terceiro estado era o povo, composto pela maioria da população, formada por camponeses, artesãos, trabalhadores urbanos e a pequena e alta burguesia. O Terceiro Estado – o povo - assumia a responsabilidade dos impostos e das contribuições para o sustento do Estado Absolutista francês.

 

CAUSAS DA REVOLUÇÃO - No final do século XVIII, a economia francesa entrou em declínio, devido aos gastos exorbitantes do Estado com guerras no estrangeiro, construções suntuosas e a corrupção do Estado. As crises agrícolas tornaram-se constantes, provocando a ruína dos pequenos proprietários e constantes crises de fome entre as populações empobrecidas no campo e nas cidades. A partir de 1770 o país mergulhou numa crise econômica e política. A Monarquia Absolutista passou a arrochar o terceiro estado através do aumento dos impostos, atingindo principalmente a classe camponesa.

Impulsionada pela situação e influenciada pelas idéias iluministas, que pregavam a igualdade e a liberdade de expressão, a burguesia passou a reivindicar a igualdade civil e a abolição dos privilégios concedidos ao clero e à nobreza.

 

A REVOLUÇÃO - O rei Luís XVI, convencido pelo seu Ministro Jacques Necker, convocou então a Assembléia dos Estados Gerais, composta pelos deputados Notáveis do clero e nobreza e pelos representantes do Terceiro Estado. O objetivo seria o de votar a mudança no sistema tributário, obrigando clero e nobreza também a pagar impostos. O clero e nobreza não aceitaram as propostas apresentadas e ainda provocaram várias revoltas de protestos em províncias onde seu poder imperava.

Revoltados com a situação, em 20 de junho, o Terceiro Estado e os aliados políticos reuniram-se numa sala próxima a da Assembléia dos Estados Gerais, e juraram que não se dispersariam enquanto o rei não aceitasse uma nova Constituição que limitasse seus poderes. Esse ato de insubordinação dos deputados do povo deu início a tempestade revolucionária, iniciando a tomada do poder pela burguesia.

                       

AS FASES DA REVOLUÇÃO – na Fase Moderada (1789-1792), a nova assembléia criada passou a ser chamada de Assembléia Nacional Constituinte.

O rei reuniu tropas para acabar com a rebeldia dos deputados do povo e sufocar as diversas manifestações populares de apoio. Essa articulação do rei a favor da contra-revolução envolveu Paris num clima de tensão, desencadeando assim, o início das jornadas populares, ou seja, a Bastilha, um antigo castelo prisão onde se prendiam os inimigos do rei, símbolo da tirania absolutista, foi tomada pelo povo revoltado e depois de uma sangrenta batalha contra os guardas que a defendiam, os presos foram libertados e o prédio demolido até os alicerces. Nas províncias, o movimento se alastrou. Camponeses se rebelaram contra seus senhores, criando-se um clima de medo e desconfiança.

Temendo a situação criada com as revoltas populares camponesas e urbanas, o novo governo revolucionário, entre 1789 e 1791, estabeleceu uma série de reformas:  Abolição dos privilégios das classes privilegiadas, os bens do clero foram confiscados pelo Estado, o clero e a nobreza passaram a pagar impostos e foi elaborada uma nova Constituição para o país, estabelecendo-se:

 

  • Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, baseada na Constituição dos Estados Unidos da América. Seu lema era “Igualdade, Liberdade e fraternidade”;
  • A França passou a ser governada por uma Monarquia Constitucional. Tentava-se assim limitar o poder absolutista. O poder executivo caberia ao rei e o legislativo à Assembléia Nacional, que passou a ser chamada de Assembléia Legislativa.

 

A onda revolucionária na França deu novo estímulo aos revolucionários de outros países. Os reis absolutistas da Europa passaram a temer que a revolução ultrapassasse as fronteiras francesas e chegasse aos países em que governavam.

 

__________________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Por que a Revolução Francesa foi uma revolução burguesa?

2) Quais os desejos e críticas da burguesia, antes de iniciar-se a Revolução Francesa?

3) Como era organizada a sociedade francesa na época da Revolução, no século XVIII?

4) Quais os grupos sociais que formavam os três estados na sociedade francesa?

5) Por que o clero e a nobreza eram as classes privilegiadas?

6) Qual o papel do terceiro estado – o povo – no estado absolutista francês?

7) Por que a economia francesa entrou em declínio, no final do século XVIII?

8) Qual a consequência das crises agrícolas na França?

9) De que forma a Monarquia absolutista do rei Luis XVI tentou resolver a crise econômica e política do país?

10) Influenciada pelas idéias iluministas, o que a burguesia francesa passou a reivindicar?

11) Quais os grupos que formaram os deputados da Assembléia dos Estados Gerais, reunida pelo rei em 1789 ? Qual o objetivo dessa assembléia?

12) Qual a reação dos deputados do terceiro estado ou povo, quando souberam que o clero e a nobreza não aceitaram as propostas apresentadas pela Assembléia dos Estados Gerais de que eles também deveriam pagar impostos ?

13) O que foram as jornadas populares, ou seja, a reação do povo contra as medidas do rei de reprimir para reprimir os deputados do povo na Assembléia Nacional Constituinte?

14) Cite as reformas promovidas pelo novo governo revolucionário, entre 1789 e 1791.

15) Qual o lema proposto pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na Revolução Francesa?

16) Como passou a organizar-se o governo francês, com a criação de uma Monarquia Constitucional?

17) O que os reis absolutistas da Europa passaram a temer, após o início da Revolução Francesa ?

           

GABARITO – A  REVOLUÇÃO  FRANCESA - I

 

1) R: foi essa classe que se beneficiou com as transformações políticas, econômicas e sociais causadas pelo movimento.

2) R: a classe burguesa passou a desejar o poder político e a questionar os privilégios da nobreza e do clero e o poder do rei absolutista, Luis XVI, que governava a França.

3) R: A sociedade francesa era desigual. Era dividida em três ordens ou estados, de acordo com a sua condição de nascimento.

4) R: O primeiro estado era o clero (membros do alto escalão da Igreja), o segundo, a nobreza, eram as classes privilegiadas. O terceiro estado era o povo, composto pela maioria da população, formada por camponeses, artesãos, trabalhadores urbanos e a pequena e alta burguesia.

5) R: Na França, a nobreza e a Igreja detinham grande parte das terras, eram isentos do pagamento de impostos e ocupavam os principais cargos administrativos do Estado.

6) R: O povo assumia a responsabilidade dos impostos e das contribuições para o sustento do Estado Absolutista francês.

7) R: Devido aos gastos exorbitantes do Estado com guerras no estrangeiro, construções suntuosas e a corrupção do Estado.

8) R: Provocou a ruína dos pequenos proprietários e constantes crises de fome entre as populações empobrecidas no campo e nas cidades..

9) R: A Monarquia Absolutista passou a arrochar o terceiro estado através do aumento dos impostos, atingindo principalmente a classe camponesa.

10) R: a burguesia passou a reivindicar a igualdade civil e a abolição dos privilégios concedidos ao clero e à nobreza.

11) R: A Assembléia dos Estados Gerais era composta pelos deputados Notáveis do clero e nobreza e pelos representantes do Terceiro Estado. O objetivo seria o de votar a mudança no sistema tributário, obrigando clero e nobreza também a pagar impostos.

12) R: Reuniram-se numa sala próxima a da Assembléia dos Estados Gerais, e juraram que não se dispersariam enquanto o rei não aceitasse uma nova Constituição que limitasse seus poderes.

13) R: a Bastilha, símbolo da tirania absolutista, foi tomada pelo povo revoltado e depois o prédio foi demolido até os alicerces. Nas províncias, camponeses se rebelaram contra seus senhores, criando-se um clima de medo e desconfiança.

14) R: Abolição dos privilégios das classes privilegiadas, os bens do clero foram confiscados pelo Estado, o clero e a nobreza passaram a pagar impostos e foi elaborada uma nova Constituição para o país.

15) R: “Igualdade, liberdade e fraternidade”.

16) R: Tentou-se assim limitar o poder absolutista. O poder executivo caberia ao rei e o legislativo à Assembléia Nacional, que passou a ser chamada de Assembléia Legislativa.

17) R: Os reis absolutistas da Europa passaram a temer que a revolução ultrapassasse as fronteiras francesas e chegasse aos países em que governavam.

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

A REVOLUÇÃO FRANCESA  II -  A Fase Radical

 

Em 1791, enquanto a Revolução Francesa fazia as suas primeiras reformas, o rei da França, Luís XVI, decidiu fugir para a Áustria. Com o auxílio militar do rei austríaco, queria abafar o processo revolucionário em seu país. Ao chegar próximo a fronteira, na cidade de Varennes, foi reconhecido, preso e reconduzido a força à Paris. Após esse fato, as lideranças populares revolucionárias da capital francesa passaram a exigir o fim da Monarquia e a proclamação de uma república, acusando o rei de traição.

A Assembléia Legislativa, temendo um levante popular, afastou temporariamente o rei de suas funções e os membros da nobreza também passaram a ser afastados do novo governo. Em fevereiro de 1792, a França declarou guerra a Áustria, pois neste país se escondiam nobres franceses emigrados que organizavam a contra-revolução, ou seja, um movimento para acabar com a Revolução Francesa e restaurar o absolutismo monárquico, colocando de volta ao poder o rei Luis XVI. A Prússia absolutista aliou-se a Áustria contra a França.

Em Valmy, no dia 20 de setembro, as tropas da revolução obtiveram sua primeira grande vitória sobre o exército austro-prussiano. A declaração da "Pátria em perigo", devido à guerra e a ascensão das lideranças populares no processo revolucionário, radicalizou a revolução Francesa. Das províncias acorreram a Paris guardas nacionais, que, aliados a operários e pequenos comerciantes, chamados de sans cullots, pediam a deposição do rei. Luís XVI foi encarcerado junto com a sua família.

FASE RADICAL DA REVOLUÇÃO (1792-1795) - Com a suspensão do rei Luís XVI, a Constituição de 1791 ficou sem efeito. Uma nova Assembléia Constituinte foi organizada e passou a chamar-se Convenção Nacional, composta por 750 deputados, na maioria burgueses. Este novo governo revolucionário apresentava-se dividido em três grandes grupos políticos: Girondinos, que representavam os interesses da alta burguesia comercial e manufatureira; Jacobinos, que representavam as aspirações da pequena burguesia e das camadas populares (sans culotts); e a Planície, que representava os interesses da alta burguesia financeira (banqueiros e financistas).

Uma das primeiras decisões da Convenção Nacional foi a abolição da monarquia e a proclamação da república. O rei Luís XVI foi julgado por crime de traição a pátria, condenado a morte e executado em praça pública em 21 de janeiro de 1793. A execução do rei e, meses depois, a de sua esposa, a rainha Maria Antonieta, provocaram fortes reações na França e nos países absolutistas vizinhos, pois os reis desses países temiam que as ideias revolucionárias chegassem em seus reinos. A Inglaterra, aliada a outras potências europeias, formou a primeira coligação militar contra os franceses.

A guerra contra o estrangeiro e o perigo interno de contra-revolução desencadearam uma reação violenta dos jacobinos no sentido de fortalecer a Revolução. Com o apoio popular, os jacobinos ascenderam politicamente e sob o comando de Robespierre, um dos seus líderes, realizaram uma série de medidas de cunho popular, tais como: a abolição da escravidão nas colônias francesas, o tabelamento dos preços dos gêneros de primeira necessidade (Lei do Máximum), a introdução do ensino primário gratuito e obrigatório, a instituição do voto universal, etc.

O crescimento das insatisfações internas dentro do governo, e o assassinato de um dos principais líderes populares, o jacobino Jean Paul Marat, em julho de 1793, arquitetada por grupos insatisfeitos com as reformas instituídas, desencadearam uma violenta perseguição política a todos os suspeitos de serem contra-revolucionarios. À frente destas perseguições estavam os jacobinos, apoiados pelos sans cullotts, liderados pelo próprio Robespierre.  As cadeias encheram-se de prisioneiros e o Tribunal Revolucionário julgou sem apelação, mandando para a guilhotina todos os acusados de traição a Revolução. Iniciou-se assim, o "Período do Terror", que durou de 1793 a 1794. Durante essa fase - a mais radical do movimento revolucionário francês - cerca de 42 mil pessoas foram executadas na guilhotina, Danton, Hébert e outros líderes políticos adversários foram acusados de traição e condenados à morte. O terror passou a não poupar nem mesmo os próprios líderes da Convenção.

 

A REAÇÃO TERMIDORIANA - Eliminando seus antigos companheiros, Robespier­re foi perdendo apoio popular e ficando cada vez mais isolado politicamente. Isso facilitou a ação dos girondinos, que, unidos a planície, desfecharam um golpe contra os ja­cobinos, derrubando-os do poder. Invadiram a Convenção e assumiram o governo francês. Robespierre foi preso, condenado e executado na guilhotina em julho de 1794. Esse golpe político, que caracterizou-se pela retomada do poder pela alta burguesia, ficou conhecido como a Reação Termidoriana.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

  1. O que fez o rei Luis XVI, em 1791, quando a Revolução Francesa fazia as suas primeiras reformas?
  2. Quais as intenções do rei francês Luis XVI, se ele tivesse conseguido se refugiar na Áustria ?
  3. Qual a reação das lideranças populares revolucionárias da França, quando souberam que o rei tentou fugir do país ?
  4. Quais as medidas tomadas pelo governo revolucionário, a Assembléia Legislativa, para evitair urna revolta popular ?
  5. Por que a França revolucionária declarou guerra à Áustria ?
  6. Quem eram os "sans Cullots", que exigiam a deposição do rei e o fim da monarquia, durante a Revolução Francesa ?
  7. Qual o nome do novo governo revolucionário que subiu ao poder após a suspensão do rei ? Qual a classe social que compunha a maioria de seus deputados ?
  8. Quais os três grupos políticos que formavam a Convenção Nacional ? Quais as classes sociais que esses grupos representavam?

     9.  Quais as primeiras medidas da Convenção Nacional, ao iniciar seu governo, em 1792?

  1. Qual o destino do rei e da rainha da França ?
  2. Por que os acontecimentos que marcaram a Revolução Francesa provocaram fortes reações nos países absolutistas vizinhos ?
  3. Quais os fatores que levaram o fortalecimento dos jacobinos no poder, sob a liderança do revolucionário Robespierre?
  4. Cite as medidas populares tomadas pelo governo revolucionário francês, sob o controle dos jacobinos.
  5. Quais os fatos que levaram o governo jacobino, sob a liderança de Robespierre, a uma violenta perseguição política a todos os suspeitos de serem contra-revolucionários ?
  6. O que foi o período do terror, durante a Revolução Francesa ?
  7. O que foi a Reação Termidoriana, em julho de 1794 ?

           

GABARITO - A REVOLUÇÃO FRANCESA II - A Fase Radical

 

1)  R: O rei da França, Luís XVI, decidiu fugir para a Áustria.

2R Com o auxílio militar do rei austríaco, queria abafar o processo revolucionário em seu país.

3) R Passaram a exigir o fim da monarquia e a proclamação de uma república, acusando o rei da França de traição.

4) R: Afastou temporariamente o rei de suas funções e os membros da nobreza também passaram a ser afastados do novo governo.

5) R: pois neste país se escondiam nobres franceses emigrados que organizavam a contra-revolução, ou seja, um movimento para acabar com a Revolução Francesa e restaurar o absolutismo monárquico, colocando de volta ao poder o rei Luis XVI.

6) R: Artesãos, operários e pequenos comerciantes nas cidades.

7) R: A Convenção Nacional, composta por deputados burgueses, em sua maioria.

8) R: Girondinos - representavam a alta burguesia comercial e manufatureira; Jacobinos - representavam a pequena burguesia e as camadas populares (sans cu-lotts); Planície - representava os interesses da alta burguesia financeira (banqueiros e fi­nancistas).

9) R: A abolição da Monarquia e a proclamação da República.

10) R: Foram executados na guilhotina como traidores da Revolução.

1)R: Os reis desses países temiam que as ideias revolucionárias chegassem em seus
reinos.

12) R: A guerra contra o estrangeiro e o perigo interno de contra-revolução.

13) R: A abolição da escravidão nas colônias francesas, o tabelamento dos preços dos gêneros de primeira necessidade (Lei do Máximum), a introdução do ensino primário gratuito e obrigatório, a instituição do voto universal, etc.

14) R: O crescimento das insatisfações internas dentro do governo, e o assassinato de um dos principais líderes populares, arquitetada por grupos insatisfeitos com as reformas instituídas pela Revolução.

15) R: As cadeias encheram-se de prisioneiros e o Tribunal Revolucionário mandou para a guilhotina todos os acusados de traição à Revolução. Durante essa fase, de 1793 a 1794, cerca de 42 mil pessoas foram executadas.

16) R: Os girondinos, unidos a planície, desfecharam um golpe contra os jacobinos, derrubando-os do poder. Esse golpe político caracterizou-se pela retomada do poder nela alta burguesia.

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

O PERÍODO NAPOLEÔNICO

 

Após o golpe dos girondinos, através da Reação Termidoriana em 1794, que levou ao poder a alta burguesia no processo da Revolução Francesa, uma nova Constituição foi elaborada e o governo passou para as mãos de um Diretório composto por 5 membros. Com a consolidação da alta burguesia no poder dá-se início a fase conservadora da Revolução Francesa.

A França começou a assumir seu aspecto moderno, privilegiando o dinheiro e o poder. A "igualdade", proposta pelos ideais da Revolução, transformou-se num jogo de interesses econômicos da alta burguesia, que passou a usar a situação para enriquecer. A corrupção entre as lideranças do Diretório se tornou evidente, e um clima de desconfiança passou a minar as bases políticas do governo.

O Governo do Diretório, que funcionou entre 1795 a 1799, não deu prestígio aos seus líderes. Sustentou-se graças ao apoio militar e as vantajosas e inescrupulosas relações econômicas e políticas internas. As terras do Estado, confiscadas à nobreza e ao clero, foram revendidas em pequenos lotes. Nas cidades, as reformas nada mudaram em termos sociais. A pobreza, acrescentada pela falta de abastecimento, se acentuou. Em Paris, os mendigos em coro pediam pão e o retorno da Constituição de Robespierre. Além disso, a crise econômico-financeira aprofundara-se ainda mais, estimulando o descontentamento e as manifestações populares. Vários movimentos contra o Governo, liderados por jacobinos e monarquistas, foram contidos e seus líderes executados. A repressão aos movimentos anti-governistas e a conseqüente manutenção da ordem foi resultado da atuação do Exército. As ameaças internas contra o Diretório somaram-se as externas, devido à guerra com os países estrangeiros.

Para fortalecer as conquistas revolucionárias, o exército francês iniciou uma campanha militar contra os países inimigos na Europa. Ocupou o Reno e a Holanda e impôs a paz a Prússia e Espanha. Penetrou na Itália, forjando também a paz com a Áustria, em 1797. A Inglaterra, incomodada com a expansão francesa na Europa, tornou-se a principal inimiga, devido a força naval que possuía. O General francês Napoleão Bonaparte tentou enfraquecê-la, tomando posse do Egito, cortando então o comércio dos ingleses com o Oriente. A vitória da Inglaterra sobre a esquadra francesa pôs os planos a perder. Os ingleses estimularam alianças militares com outros países contra a França, no sentido de tomar os mercados e colônias francesas.

Os franceses pregavam a necessidade de um governo forte que restabelecesse a ordem e pacificasse o país, assegurando as conquistas burguesas da Revolução. Assim, alguns membros da alta burguesia articularam um golpe de Estado com o apoio militar, que levou ao poder o principal General das conquistas militares francesas: Napoleão Bonaparte. Era o Golpe do 18 Brumário (09/11/1799) que deteve o processo revolucionário, iniciando a fase das consolidações das conquistas burguesas.

 

A ERA NAPOLEÓNICA - 1799/1815 - Os ideais liberais da burguesia vitoriosa alastraram-se por todo o Ocidente, movida pelas campanhas e conquistas militares de Napoleão. Pouco a pouco, os velhos governos absolutistas na Europa foram sendo derrubados, propiciando livre caminho para o desenvolvimento do capitalismo.

 

O Consulado (1799-1804) foi instituído, centralizando o poder nas mãos do primeiro cônsul, Napoleão Bonaparte. A nova ordem procurou modernizar o país centralizando a administração pública, criando o Banco da França, incentivando obras públicas, modificando o sistema de arrecadação de impostos, enfim, realizando medidas que beneficiavam principalmente a burguesia. Em 1802, Napoleão realizou uma reforma na Constituição, estabelecendo que o primeiro cônsul passasse a exercer um mandato vitalício, podendo designar o seu sucessor. Daí em diante, foi institucionalizado o Império, sendo Napoleão coroado imperador em 1804.

 

O Império (1804-1814) - Em 1800, Napoleão obteve vitória sobre a Áustria, transformou a Itália em domínio francês, e forçou a assinatura de paz com a Inglaterra. Apesar desses fatos, em 1805, a Inglaterra, Rússia e Áustria, formaram uma nova coligação militar. Napoleão tentou invadir a Grã-Bretanha, mas sua esquadra foi vencida na Batalha de Trafalgar.

Em 1806, Napoleão decretou o Bloqueio Continental contra a Inglaterra. Esperava com esse bloqueio asfixiar o poderio econômico inglês na Europa, proibindo o comércio de navios britânicos nos portos dos países europeus aliados. Depois de invadir a Espanha e Portugal e impor uma nova derrota aos austríacos, em 1809, o império napoleônico chegou ao seu apogeu.

Em junho de 1812 os exércitos franceses invadiram a Rússia, que havia furado o Bloqueio Continental. Uma fracassada estratégia militar arrasou as tropas de Napoleão. Milhares de homens morreram. Com a primeira grande derrota francesa, os inimigos de Napoleão se reorganizaram, empreendendo uma nova coligação militar. Em 1814, a aliança militar da Inglaterra, Suécia, Prússia e Áustria derrotou Napoleão e ele foi obrigado a abdicar do posto de imperador. Em seguida, foi deportado para o exílio na ilha de Elba, no Mar Mediterrâneo.

O Governo dos Cem Dias (1815) - Na ilha de Elba, ajudado por seus partidários, Napoleão organizou seu retomo à França. Em 1815, ele desembarcou na cidade de Cannes com um pequeno exército, assumindo o poder durante três meses, aproximadamente. Em junho, novamente foi derrotado por tropas inglesas e prussianas na Batalha de Waterloo. Foi exilado na ilha de Santa Helena, na Costa da África, onde morreu cinco anos depois.

 

Após Napoleão, a Europa nunca mais foi a mesma. Inspirada nos ideais da Revolução Francesa, a burguesia de vários países se lançou à revolução, criando governos liberais por todo o Ocidente.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Qual foi a consequência da Reação Termidoriana, em 1794 ?

2) Por que os ideais da Revolução Francesa foram traídos durante o governo do Diretório ?

3) Como se sustentou politicamente o governo do Diretório, entre 1795 a 1799 ?

4) Qual a situação social e econômica da França, durante a fase do Diretório ?

5) Vários movimentos contra o governo aconteceram durante a fase do Diretório. Quais os grupos políticos que lideraram esses movimentos ?

6) Além dos movimentos internos, na França, contra o governo do Diretório, qual o problema externo que também ameaçava esse governo ?

7) O que fez o exército francês para fortalecer as conquistas da Revolução ?

8) Quais os países invadidos por Napoleão no início de suas campanhas militares ?

9) Qual a primeira tentativa de Napoleão para enfraquecer o poder econômico e militar da Inglaterra inimiga ?           

10) Qual o interesse da Inglaterra em formar alianças militares com outros países contra a França ?     

11) O que franceses pregavam para assegurar as conquistas burguesas da Revolução?
12) De que forma Napoleão Bonaparte tomou o poder no Golpe do 18 Brumário ?

13) Como os ideais liberais da burguesia expandiram-se por todo o Ocidente, propiciando livre caminho para o desenvolvimento do capitalismo? 

14) Quais as medidas tomadas pelo governo de Napoleão, durante o Consulado, que levaram a modernização do país ?

15) Qual o objetivo do Bloqueio Continental, decretado por Napoleão, em 1806 ?

16) Qual foi a primeira grande derrota militar das tropas de Napoleão ?  

17) O que aconteceu com Napoleão, após ser derrotado pela aliança militar da Inglaterra, Suécia, Prússia e Áustria, em 1814?

18) Qual o destino de Napoleão, após a derrota na Batalha de Waterloo, em 1815 ? .

19) Por que, depois do período napoleônico, a Europa nunca mais foi a mesma ?

               

GABARITO - O PERÍODO NAPOLEONICO

  1. R: Levou ao poder a alta burguesia (girondinos) no processo da Revolução Francesa.
  2. R: Os ideais da Revolução transformaram-se num jogo de interesses econômicos da alta burguesia, que passou a usar a situação para enriquecer.
  3. R: Sustentou-se graças ao apoio militar e as vantajosas e inescrupulosas relações econômicas e políticas internas.
  4. R: Nas cidades, as reformas nada mudaram em termos sociais. A pobreza, acrescentada pela falta de abastecimento, se acentuou. Além disso, a crise econômico-financeira aprofundara-se ainda mais, estimulando o descontentamento e as manifestações populares.
  5. R: Jacobinos e monarquistas
  6. R: A guerra com os países estrangeiros.
  7. R: Iniciou uma campanha militar contra os países inimigos na Europa.
  8. R: Napoleão ocupou o Reno e a Holanda e impôs a paz a Prússia e Espanha. Penetrou na Itália, forjando também a paz com a Áustria em 1797.
  9. R: Napoleão Bonaparte tentou enfraquecê-la tomando posse do Egito, cortando então o comércio dos ingleses com o Oriente.
  1. R: Os ingleses planejavam tomar os mercados e colônias francesas.
  2. R: Os franceses pregavam a necessidade de um governo forte que restabelecesse a ordem e pacificasse o país.
  3. R: Alguns membros da alta burguesia articularam um golpe de Estado com o apoio militar, que levou ao poder o principal General das conquistas militares francesas: Napoleão Bonaparte.
  4. R: Movida pelas campanhas e conquistas militares de Napoleão, os velhos governos absolutistas na Europa foram sendo derrubados.
  5. R: A nova ordem procurou modernizar o país centralizando a administração pública, criando o Banco da França, incentivando obras públicas, modificando o sistema de arrecadação de impostos, enfim, realizando medidas que beneficiavam principalmente a burguesia
  6. R: Esperava com esse bloqueio asfixiar o poderio econômico inglês na Europa proibindo o comércio de navios britânicos nos portos dos países europeus aliados.
  7. R: Em 1812 os exércitos franceses invadiram a Rússia que havia furado o Bloqueio Continental. Uma fracassada estratégia militar arrasou as tropas de Napoleão.
  8. R: Ele foi obrigado a abdicar do posto de imperador e em seguida foi deportado para o exílio na ilha de Elba, no Mar Mediterrâneo.
  9. R: Ele foi exilado na ilha de Santa Helena, nas costa da África, onde morreu 5 anos depois.
  10. R: Inspirada nos ideais da Revolução Francesa, a burguesia de vários países se lançou à revolução, criando governos liberais por todo o Ocidente

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

BRASIL COLÔNIA: AS REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS

A segunda metade do século XVIII e o início do XIX foram marcados pela crise do antigo sistema colonial nas Américas. Aconteceram em diversas regiões desse continente uma série de movimentos revolucionários que tinham por objetivo a independência das colônias americanas de suas metrópoles ou nações europeias que as governavam e exploravam suas riquezas.

Vários foram os fatores que levaram essas colônias a lutarem pela liberdade:

 

  • A Revolução Industrial - Os ingleses passaram a apoiar a independência das colônias americanas, pois as jovens nações que surgiriam seriam futuros países livres para comprar produtos industrializados das fábricas inglesas.
  • A divulgação das ideias libertárias do Iluminismo, que pregava a liberdade de direitos e de expressão do povo.
  • A inspiração dos colonos da América espanhola e do Brasil na Independência dos Estados Unidos da América, em 1776. Esse movimento, também conhecido por Revolução Americana, fez criar o primeiro país livre das Américas: Os Estados Unidos.
  • A Revolução Francesa, que proclamou os ideais "de Igualdade, Liberdade e Fraternidade" na Europa e nas Américas.
  • O interesse dos colonos ricos, donos de terra, grandes comerciantes e traficantes de escravos, em livrar-se do monopólio ou controle comercial, imposto pelas metrópoles europeias nas colônias da América.

OS MOVIMENTOS PELA INDEPENDÊNCIA NO BRASIL - No final do século XVIII, conflitos entre os colonos e a Coroa Portuguesa surgiram em função do endurecimento da política colonial, durante a fase de exploração do ouro. Ocorria a tomada de maior consciência por parte dos colonos, em determinadas regiões, da crescente exploração imposta pela metrópole. Entre os fatos que contribuíram para agravar tal situação podemos citar a decretação da Lei de proibição das manufaturas brasileiras, em 1785, que determinou o fechamento de pequenas fábricas que surgiam no Brasil colônia, e o início do processo de cobrança da derrama, ou seja, a cobrança abusiva de impostos sobre os colonos, que levava muitos à miséria, perdendo até os seus bens pessoais para os fiscais do rei de Portugal.

Os principais movimentos emancipacionistas no Brasil colonial foram:

A Inconfidência ou Conjuração Mineira - como causas dessa rebelião, acontecida em Minas Gerais (1789), encontramos diversos antecedentes, como o crescente abuso da cobrança de impostos da coroa portuguesa na região mineradora de ouro e diamantes, a influência das ideias iluministas e da independência dos Estados Unidos. Os integrantes da revolta eram em sua maioria homens letrados: poetas, doutores, padres, militares de alta patente e de postos inferiores, como o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Nos planos dos inconfidentes mineiros, havia o ideal de independência do domínio português e o desejo de se criar uma república em Minas Gerais. Os conspiradores chegaram a definir o desenho de uma nova bandeira para o novo pais. A principal causa da revolução foi a cobrança da "derrama" do ouro, pois muitos dos inconfidentes eram devedores da coroa portuguesa.

Em maio de 1789, porém, o movimento foi denunciado. Foi iniciada uma enorme investigação dirigida pelo próprio governador português em Minas Gerais, a qual se prolongou até 1792. Finalmente, após decreto da rainha de Portugal, D. Maria I, a pena de morte dos inconfidentes foi mudada para expulsão perpétua do Brasil e cumprimento de penas em prisões em colônias portuguesas na África. Apenas foi executado o Tiradentes, acusado de ser o chefe do movimento e também por ser o homem mais pobre entre os revoltosos.

A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates - ocorreu, em 1796, em Salvador. Os seus líderes, negros e mulatos, contavam com uma boa participação de elementos provenientes das camadas populares, como alfaiates, soldados, artesãos e poetas pobres da capital da Bahia. Os conspiradores, inspirados pelas ideias iluministas, pela Revolução Francesa e pela Revolução dos escravos no Haiti, pregaram a igualdade racial, o ideal republicano e a abolição da escravidão. Em 1799, após a traição de um artesão que fora chamado para o movimento, uma devassa foi feita pelo governo e os principais representantes das camadas sociais mais simples foram enforcados, tendo sido os intelectuais absolvidos.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

1) Quando aconteceu a crise do antigo sistema colonial?

2) Qual o objetivo dos movimentos revolucionários em várias regiões da América, durante a crise do sistema colonial ?

3) Por que as ideias iluministas influenciaram os movimentos de independência nas Américas ?

4) Por que os ingleses apoiaram a independência das colônias americanas?

5) Por que a Independência dos Estados Unidos foi uma inspiração para os colonos da América espanhola e do Brasil ?

6) Quais os ideais proclamados pela Revolução Francesa na Europa e nas Américas ? 

7) Por que havia o interesse dos colonos ricos da América nos movimentos de independência ?

8) Quais os fatos que contribuíram para  agravar os conflitos entre os colonos do Brasil e a coroa portuguesa?

9) Quais as causas que levaram à Inconfidência.Mineira, em 1789 ?

10) Quais os grupos sociais que integraram o movimento conhecido como Inconfidência Mineira ?

11)  Quais os planos ou objetivos dos conspiradores mineiros ao fazer o movimento ?

12)  Qual a principal causa da Inconfidência Mineira?

13)  Qual o destino dos inconfidentes mineiros, após a revolta ser descoberta pelos portugueses ?

14)  Por que dizemos que a Conjuração Baiana foi um movimento popular?

15)  Quais os movimentos fora do Brasil que inspiraram os conspiradores da Revolta dos Alfaiates ?

 16) O que pregaram os integrantes da Conjuração Baiana ?

           

 

GABARITO:BRASIL COLÔNIA - AS REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS

  1. R: Na segunda metade do século XVIII e o início do XIX.
  2. R: A independência das colônias americanas de suas metrópoles ou nações europeias que as governavam e exploravam suas riquezas.
  3. R: Porque pregava a liberdade de direitos e de expressão do povo.
  4. R: Porque as jovens nações que surgiriam seriam futuros países livres para comprar produtos industrializados das fábricas inglesas.
  5. R: Porque levou a criação do primeiro país livre das Américas: Os Estados Unidos.
  6. R: Igualdade, Liberdade e Fraternidade.
  7. R: Eles queriam livrar-se do monopólio ou controle comercial, imposto pelas metrópoles europeias nas colônias da América.
  8. R: A decretação da Lei de Proibição das Manufaturas Brasileiras, em 1785, que determinou o fechamento de pequenas fábricas que surgiam no Brasil colônia, e o início do processo de cobrança da derrama, ou seja, a cobrança abusiva de impostos sobre os colonos. ;
  9. R: O crescente abuso da cobrança de impostos da coroa portuguesa na região mineradora de ouro e diamantes, a influência das ideias iluministas e da independência dos Estados Unidos.
  1. R: Eram em sua maioria letrados: poetas, doutores, padres e militares de alta patente.
  2. R: Havia o ideal de independência do domínio português e o desejo de se criar uma república em Minas Gerais.
  3. R: A principal causa da revolução foi a cobrança da “derrama" sobre o ouro, pois muitos dos inconfidentes eram devedores da coroa portuguesa..
  4. R: Após decreto da rainha de Portugal, D. Maria I, a pena de morte dos inconfidentes foi mudada para expulsão do Brasil e cumprimento de penas em prisões em colônias portuguesas na África.
  5. R: Os seus líderes, negros e mulatos, contavam com uma boa participação de elementos das camadas populares, como alfaiates, soldados, artesãos e poetas pobres da capital da Bahia.
  6. R: As ideias iluministas e as Revoluções Francesa e a dos escravos no Haiti.

        16. R- Pregaram a igualdade racial, o ideal republicano e a abolição da escravidão.

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

 

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

 

Desde os meados do século XVIII, a Inglaterra necessitava de mercados consumidores para seus produtos industrializados. Porém, o pacto colonial impedia os negócios diretos com as colônias americanas, pois estas eram controladas por metrópoles européias. Os ingleses começaram a defender o fim do monopólio comercial que Portugal e Espanha tinham sobre a América.

Ao mesmo tempo, as idéias Iluministas, surgidas como um grande movimento cultural, impuseram profundas críticas ao absolutismo, condenando a ordem européia existente. Estas mesmas idéias também condenavam o pacto colonial, estimulando movimentos de libertação, como os que ocorreram, inicialmente, nos Estados Unidos, em 1776, estendendo‑se depois às colônias espanholas e ao Brasil, no século XIX.

 

A VINDA DA FAMÍLIA REAL - Em 1808, a família real portuguesa veio para o Brasil, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte em Portugal. Com isso, a colônia tornou‑se sede administrativa do império português, provocando assim grandes mudanças na dominação lusitana sobre o país.

 

AS REFORMAS DE D. JOÃO VI - A primeira medida do príncipe‑regente de Portugal, ao desembarcar no Brasil, foi assinar o decreto que estabelecia a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, revogando a exclusividade de comércio com os comerciantes portugueses. Tal atitude, bem como a assinatura dos tratados de Comércio, Navegação e Amizade, em 1810, com a Inglaterra, levaram ao fim do pacto colonial. Para adequar a colônia a condição de sede da corte portuguesa, D. João VI criou bibliotecas, academias militares e de medicina, o Jardim Botânico, construiu estradas, inaugurou teatros, etc. Finalmente, após a derrota de Napoleão pela coligação militar liderada pelos ingleses, foi proclamada por D. João VI, também, a elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal, em 1816, que encerrou oficialmente a situação de colônia do Brasil. Com isso, a família real manteve a sede do governo no Rio de Janeiro.

 

A burguesia portuguesa, insatisfeita com a perda do controle que possuía sobre o comércio do Brasil, tentou reconduzir o país, novamente, à condição de colônia. Primeiramente, essa classe tomou o poder em Portugal, através da Revolução do Porto, em 1820. Depois, expediu ordens para que a família real portuguesa retornasse para Lisboa e restaurasse o governo em Portugal. O que aconteceu em 1821.

D. Pedro, filho de D. João VI e herdeiro do trono português, que ficara no Brasil como Príncipe Regente, após a volta de seu pai para Portugal, pôs‑se à frente das elites brasileira, que não aceitavam a recolonização, e rompeu os laços com Portugal, proclamando a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. Caso ele não tomasse essa decisão, os grandes senhores de terra e traficantes de escravos, que constituíam as principais classes dominantes brasileiras, iriam iniciar um movimento revolucionário pela emancipação política, como acontecera nas colônias inglesas e espanholas.

A proclamação da independência não alterou a situação social e econômica do país. D. Pedro foi coroado pelas elites como Imperador do Brasil, e com a continuidade do sistema monárquico, as elites brasileiras continuaram no topo do poder, com seus desmandos. Também manteve-se o modelo econômico agrícola e exportador, dependente da economia européia, e a escravidão negra continuou a ser a base da mão‑de‑obra nas grandes fazendas brasileiras, até o final do século XIX.

 

A AFIRMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA - Para consolidar a independência do Brasil, o imperador, D. Pedro I, precisou vencer e expulsar as tropas portuguesas que se opunham à separação entre o Brasil e Portugal, na Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e na província Cisplatina. Essas lutas se deram com o apoio de tropas inglesas.

O primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foram os Estados Unidos, em 1824. A Inglaterra serviu como mediadora junto às Cortes portuguesas pelo reconhecimento da independência brasileira. Isto só aconteceu em 1825, mediante o pagamento a Portugal, por parte do governo brasileiro, de uma indenização de 2 milhões de libras, mediante empréstimos feitos aos próprios bancos ingleses. Pouco depois, a Inglaterra também dava o seu reconhecimento, sendo seguida por outras nações européias.

Com a Independência do Brasil, iniciou-se um novo período da história brasileira, denominado Primeiro Reinado.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Por que o pacto colonial impedia os negócios diretos entre a Inglaterra e as colônias americanas ?                   

2) Quais as regiões do continente americano que, influenciadas pelas idéias iluministas, já haviam iniciado seus movimentos de libertação contra o domínio europeu?

3) Qual o fator que levou a família real portuguesa a fugir para o Brasil, em 1808?

4) Qual a medida, assinada por por D. João VI, que acabou com a exclusividade de comércio que os comerciantes portugueses tinham sobre o Brasil?

5) Qual o país europeu que assinou com o Brasil os tratados de Comércio, Navegação e Amizade, em 1810?      

6) Quais as principais medidas joaninas (de D. João VI) para adequar a colônia do Brasil, à condição de sede da corte portuguesa?

7) Qual a grande mudança política estabelecida pela elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal, em 1816?

8) Por que a burguesia portuguesa tentou reconduzir o Brasil, novamente, à condição de colônia de Portugal ?

9) Quem assumiu o comando do Brasil, após o retorno de D. João VI e toda a Corte para Portugal?

10) Por que o príncipe D. Pedro tomou a dianteira e proclamou a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822?

11) Por que a proclamação da independência não alterou a situação social e econômica, que já existia no Brasil?

12) Qual a situação dos escravos brasileiros, após a independência?

13) Em quais províncias do Brasil, aconteceram resistências de tropas portuguesas contra a independência?

14) Qual o primeiro país a reconhecer, oficialmente, a independência do Brasil ?

15) De que forma Portugal reconheceu, oficialmente, a independência do Brasil, em 1825?

           

GABARITO - A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

 

1) R: As colônias americanas eram controladas por metrópoles européias, como Portugal e Espanha.

2) R: Os Estados Unidos da América e as colônias espanholas.

3) R: A invasão de Napoleão Bonaparte em Portugal

4) R: A abertura dos portos brasileiros às nações amigas

5) R: A Inglaterra

6) R: D. João VI criou bibliotecas, academias militares e de medicina, o Jardim Botânico, construiu estradas, inaugurou teatros, etc.

7) R: Encerrou oficialmente a situação de colônia que o Brasil possuia.

8) R: Porque ficou insatisfeita com a perda do controle que possuía sobre o comércio do Brasil.

9) R: O Príncipe D. Pedro, filho de D.João VI e herdeiro do trono de Portugal.

10) R: Caso ele não tomasse essa decisão, os grandes senhores de terra e traficantes de escravos, iriam iniciar um movimento pela emancipação política do Brasil, como acontecera nas colônias inglesas e espanholas.

11) R: As elites brasileiras continuaram no topo do poder, com seus desmandos e também manteve-se o modelo econômico agrícola e exportador, dependente da economia européia.

12) R: A escravidão negra continuou a ser a base da mão‑de‑obra nas grandes fazendas brasileiras, até o final do século XIX.

13) R: Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e província Cisplatina

14) R: Os Estados Unidos

15) R: Só aconteceu, mediante o pagamento a Portugal, por parte do governo brasileiro, de uma indenização de 2 milhões de libras, mediante empréstimos feitos aos próprios bancos ingleses.

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

A CRISE DO SISTEMA COLONIAL

 

A INDEPENDÊNCIA DAS 13 COLÔNIAS INGLESAS - A primeira colônia européia a se tornar independente da metrópole foram as 13 colônias inglesas da América do Norte, que vieram a formar o primeiro país livre das Américas: os Estados Unidos, em 1776.

 

FATORES QUE LEVARAM À INDEPENDÊNCIA DOS EUA - A partir da segunda metade do século XVIII, a Inglaterra, que antes pouco interferia no desenvolvimento de suas 13 colônias na América do Norte, passou a cobrar altos impostos e a exigir dos colonos o cumprimento dos monopólios e a submissão ao pacto colonial. Além desse fato, outras motivações criaram a insatisfação dos colonos, que passaram a se organizar e lutar pela separação de sua pátria do domínio inglês. Foram eles:

  • O agravamento da situação financeira dos ingleses, devido a participação da Inglaterra na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) contra a França. Apesar de vitorioso, esse país saiu falido com os gastos da guerra. Os ingleses, para se recuperarem economicamente, passaram a intensificar a exploração de suas 13 colônias na América;
  • A necessidade de ampliação dos mercados consumidores para a venda de produtos industrializados, devido a Revolução Industrial inglesa;
  • A influência das idéias iluministas e liberais, que criticavam o Estado absolutista, a censura, a intolerância religiosa e, ao nível econômico, o intervencionismo e o regime de monopólio comercial nas colônias;
  • A imposição pelo governo inglês de diversas leis que controlavam as relações comerciais dos colonos internamente e no seu comércio exterior: Lei do Chá, Leio do Açúcar, Lei do Selo, Leis Intoleráveis, etc...

 

Os colonos protestaram contra as imposições metropolitanas. Esses protestos tiveram o seu auge, quando em 1773 ocorreu a “Festa do Chá de Boston”. Nessa importante cidade litorânea do Norte das 13 Colônias (Nova Inglaterra), colonos vestidos de índios jogaram ao mar o carregamento de chá da Companhia inglesa das Índias Orientais, motivando a decretação das “Leis Intoleráveis” que dava direito às autoridades inglesas de reprimir violentamente os colonos.

 

A REVOLUÇÃO AMERICANA - Devido a impossibilidade dos ingleses em continuar a aceitar a liberdade econômica e política que os colonos das

13 colônias possuíam, estes, após dois congressos realizados na cidade de Filadélfia (1774 e 1776), se organizaram política e militarmente, proclamando-se independentes da Inglaterra. Na Guerra de Independência, os americanos tiveram como aliados alguns países inimigos dos ingleses. Foram eles a França, Holanda e Espanha. O fim da Guerra se deu em 1781.

A Inglaterra derrotada, assinou o Tratado de Paris (1783) reconhecendo a emancipação (independência) das 13 colônias, e cedeu os territórios a oeste do Rio Mississipi aos Estados Unidos. O novo país constituiu-se como uma República Federativa presidencialista, ou seja, as 13 colônias passaram a ser 13 Estados independentes, cada um com as suas próprias regras.

A independência não significou a liberdade de todos os que viviam nos Estados Unidos. A escravidão negra foi mantida nos estados do Sul e os índios foram excluídos do processo desenvolvimentista. Ao longo do século XIX, essas nações indígenas continuaram a ser massacradas pelos homens brancos norte-americanos, com a desculpa que elas eram um obstáculo ao progresso do país.

_____________________________________

EXERCÍCIOS

 

1) Qual a primeira colônia européia a se tornar independente da metrópole, no processo da crise do sistema colonial das Américas ?                  

2) Qual o primeiro país livre a surgir nas Américas, através de um movimento de independência contra uma metrópole europeia ?        

3) Cite os fatores básicos que, a partir da segunda metade do século XVIII, se constituíram como motivações que levaram a insatisfação dos colonos contra o domínio colonial da Inglaterra nas 13 colônias da América do Norte

4) Porque houve um agravamento da situação financeira da Inglaterra, a partir de 1763 ?

5) Como os ingleses procuram se recuperar economicamente, após a Guerra dos Sete Anos, contra a França ?     

6) Por que os ingleses necessitavam ampliar seus mercados consumidores ?

7) Cite um fator econômico, baseado nas idéias iluministas e liberais, que influenciou os colonos das 13 colônias inglesas a lutarem por sua independência contra a Inglaterra ?

8) Cite 3 leis impostas pela Inglaterra que controlavam as relações comerciais dos colonos na América do Norte?

9) O que foi a festa do chá de Boston, que aconteceu antes do início da luta de independência das 13 colônias inglesas na América do Norte? Qual a conseqüência desse fato nas colônias?

10) O que foi decidido pelos colonos das 13 colônias da América do Norte, no segundo Congresso na cidade de Filadélfia, em 1776?

11) Quais os países que apoiaram as 13 colônias em sua guerra de independência, contra a Inglaterra?

12) O que foi decidido no Tratado de Paris, em 1783?

13) Qual o sistema de governo que foi constituido nos Estados Unidos, após a independência?

14) Qual a situação dos negros e índios, após a independência dos EUA?

                       

 

GABARITO - A CRISE DO SISTEMA COLONIAL

 

1) R: Foram as 13 colônias inglesas da América do Norte

2) R: Os Estados Unidos da América

3) R: A Inglaterra, que antes pouco interferia no desenvolvimento de suas 13 colônias na América do Norte, passou a cobrar altos impostos e a exigir dos colonos o cumprimento dos monopólios e a submissão ao pacto colonial.

4) R: Devido a participação desse país na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) contra a França

5) R: Passaram a intensificar a exploração de suas 13 colônias na América

6) R: Para a venda de seus produtos industrializados, devido a Revolução Industrial inglesa.

7) R: A crítica ao intervencionismo e o regime de monopólio comercial imposta pela Inglaterra às 13 colônias;

8) R: Lei do Chá, Leio do Açúcar, Lei do Selo e Leis Intoleráveis

9) R: Colonos vestidos de índios jogaram ao mar o carregamento de chá da Companhia inglesa das Índias Orientais, motivando a decretação das “Leis Intoleráveis” que dava direito às autoridades inglesas de reprimir violentamente os colonos.

10) R: Os colonos se organizaram política e militarmente, proclamando-se independentes da Inglaterra.

11) R: França, Holanda e Espanha

12) R: A Inglaterra reconheceu a emancipação (independência) das 13 colônias, e cedeu os territórios a oeste do Rio Mississipi aos Estados Unidos.

13) R: Uma República Federativa presidencialista

14) R: A escravidão negra foi mantida nos estados do Sul e os índios foram excluídos do processo desenvolvimentista. Ao longo do século XIX, essas nações indígenas continuaram a ser massacradas pelos homens brancos norte-americanos.

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

A CRISE DO SISTEMA COLONIAL II

 

A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA - No início do século XIX, mais precisamente entre 1808 ‑ 1825, iniciou‑se nas colônias espanholas da América, uma série de movimentos revolucionários que possuíam como objetivo à emancipação ou independência política e econômica dessas regiões exploradas desde o início do século XVI. Na primeira metade desse século, praticamente quase todas as colônias conseguiram tornarem-se independentes, excetuando‑se apenas Cuba e Porto Rico que se mantiveram sob o domínio espanhol até o final do século.

 

 

OS PRINCIPAIS FATORES QUE LEVARAM ÀS INDEPENDÊNCIAS, foram:

 

  • O apoio da Inglaterra às colônias contra a Espanha, pois este país necessitava de novos mercados consumidores para os seus produtos industrializados;
  • O Iluminismo, discutido amplamente pelas elites intelectuais nas colônias. Muitos colonos ricos iam estudar nas universidades européias, e lá, entravam em contato com as novas idéias revolucionárias que pregavam a oposição ao absolutismo, a igualdade de direitos e a liberdade econômica e política;
  • A Influência da Independência das 13 colônias (1776) e da Doutrina Monroe, pregada pelos Estados Unidos. Essa doutrina era um incentivo para que outras colônias da América também se tornassem independentes, como haviam feito os norte-americanos. Seu lema era: “A América para os americanos” (1823);
  • Influência das ideias de libertação da Revolução Francesa e o enfraquecimento político-militar da Espanha, devido as guerras napoleônicas na Europa;
  • A Necessidade da elite criolla (filhos de espanhóis nascidos nas colônias) em romper com o domínio político e as amarras do pacto colonial, impostas pela Espanha.

 

Destacaram-se nas guerras de independência, figuras como Simom Bolívar e José de San Martim. Ambos pertencentes às elites criollas, que lideraram os movimentos revolucionários contra a Espanha.

De acordo que as guerras aconteciam e as independências iam se consolidando nas antigas colônias espanholas, não estabeleceu-se a união dos povos latinos, com a criação de grandes países, como havia acontecido com os EUA. Na verdade, cada território que ia se separando da Espanha tornou-se uma República independente, pois os grupos das elites locais, formados por grandes proprietários de terra, políticos influentes, militares e donos de minas, fizeram preponderar os seus interesses particulares nas regiões em que dominavam. Assim as ex-colônias espanholas dividiram-se em diversos países, na sua maioria desorganizados política e economicamente: México, Paraguai, Venezuela, Colômbia, Equador, Perú, Bolívia, Uruguai, Chile, Argentina, etc...

Apesar de quase todos os países da América Latina tornarem-se sistemas republicanos e das massas populares - formadas por artesãos, camponeses, ex-escravos negros e índios e mestiços - terem também participado das guerras revolucionárias contra a Espanha, ao lado das lideranças de criolos, o que se verificou após a consolidação das independências não foi a confirmação dos direitos dessas classes, e sim, a sua marginalização, dando-se aí, uma continuidade da situação sócio-econômica de miséria, como já viviam anteriormente.

Os recém-libertos países da América espanhola, devido a sua própria estrutura produtiva baseada na agricultura de exportação, continuaram dependentes e ligados a economia dos países ricos da Europa, como consumidores de seus produtos industrializados e fornecedores de matérias-primas para suprir as indústrias deste continente.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Qual o objetivo dos movimentos revolucionários nas colônias espanholas da América, no início do século XIX?                  

2) Quais as regiões ou países da América que continuaram a ser colônias da Espanha, até o final do século XIX ?      

3) Por que a Inglaterra apoiou os movimentos de independência das colônias espanholas?

4) Como os colonos da América entravam em contato com as idéias iluministas, produzidas e discutidas nos ambientes intelectuais da Europa?            

5) Por que as idéias iluministas eram conhecidas como idéias libertárias?   

6) O que pregava a Doutrina Monroe, nos EUA? Qual o lema dessa doutrina ?

7) Por que a Espanha ficou enfraquecida política e militarmente, no início do século XIX, o que possibilitou seus colonos na América a se organizarem e lutarem pela independência?

8) Quem era a elite criolla nas colônias espanholas da América? Por que esta classe liderou os movimentos de independência contra a Espanha?

9) Quais os principais líderes criollos que se destacaram nos movimentos de independência das colônias espanholas na América ?

10) Por que não estabeleceu-se a união dos povos latinos, com a criação de grandes países nas Américas, após a independência das colônias espanholas?

11) Cite 6 países independentes nas Américas que surgiram nas regiões das ex-colônias espanholas?

12) Quais os grupos sociais nas colônias que fizeram parte das massas populares que participaram das guerras revolucionárias contra a Espanha? Como ficaram essas massas populares após as independências?

13) Qual a relação econômica dos recém-libertos países da América espanhola com os países ricos da Europa?

           

GABARITO - A CRISE DO SISTEMA COLONIAL II

 

1) R: A emancipação ou independência política e econômica dessas regiões exploradas pela Espanha, desde o início do século XVI.

2) R: Porto Rico e Cuba

3) R: Este país necessitava de novos mercados consumidores para os seus produtos industrializados.

4) R: Muitos colonos ricos iam estudar nas universidades européias, e lá, entravam em contato com as novas idéias revolucionárias.

5) R: Porque pregavam a oposição ao absolutismo, a igualdade de direitos e a liberdade econômica e política;

6) R: Essa doutrina era um incentivo para que outras colônias da América também se tornassem independentes. Seu lema era: “A América para os americanos”;

7) R: Devido as guerras napoleônicas na Europa

8) R: Eram os filhos de espanhóis nascidos nas colônias. Queriam romper com o domínio político e as amarras do pacto colonial impostos pela Espanha.

9) R: Simon Bolívar e José de San Martin

10) R: Cada território que ia se separando da Espanha tornou-se uma República independente.

11) R: México, Paraguai, Venezuela, Colômbia, Equador, Perú, Bolívia, Uruguai, Chile, Argentina, etc...

12) R: Artesãos, camponeses, ex-escravos negros e índios e mestiços. Essas classes continuaram sem direitos, dando-se aí uma continuidade da situação sócio-econômica de miséria, como já viviam anteriormente.

13) R: Continuaram dependentes e ligados à economia desses países, como consumidores de seus produtos industrializados e fornecedores de matérias-primas para suprir as indústrias da Europa.

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

O IMPÉRIO BRASILEIRO

 

O PRIMEIRO REINADO (1822-1831) – D. Pedro I, ao aclamar a independência do Brasil em 1822 e ser coroado pelas elites como Imperador, verificou nos primeiros anos de seu governo que esses grupos separatistas pretendiam que ele governasse de acordo com seus interesses. Contudo, D. Pedro se mostrou um governante absolutista, pouco favorável a interferências no seu governo. Dissolveu a assembléia constituinte que ele mesmo criara com o objetivo de preparar a primeira Constituição brasileira e, à portas fechadas, mandou elaborar uma nova Constituição de acordo com os seus propósitos. Nessa carta constituinte, estabeleceu, além dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, um quarto poder, o Moderador. Esse poder, exclusivo do imperador, fazia com que D. Pedro tivesse o controle sobre os outros três poderes. Com isso, os mesmos grupos que o colocaram no poder ficaram contra ele.

A imposição da Constituição de 1824 e as arbitrariedades do monarca acabaram por desencadear várias revoltas contra o Império. Em 1824, foi a Confederação do Equador, em Pernambuco, e no sul estourou a Guerra Cisplatina (atual Uruguai), em 1825. A derrota do império na Cisplatina, em 1828, aliada ao descontentamento popular, devido à crise econômica do país, levou a abdicação, ou renúncia do trono pelo imperador, em 1831. Seu substituto, como em qualquer monarquia, foi seu filho mais velho: D. Pedro de Alcântara.

 

O PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) - Como o herdeiro do trono tinha apenas 5 anos de idade, foi criada a Regência, ou seja, um grupo de políticos eleitos pelo Conselho do Império governou o país até que o príncipe atingisse a maioridade legal. Durante este tempo (de 9 anos), os problemas continuaram, pois os grupos políticos que estavam fora do governo atrapalhavam os que estavam dentro, não deixando-os governar.

            O Período Regencial foi uma época de grande instabilidade política, econômica e social, pois diversas revoltas separatistas, algumas de caráter republicano, ameaçaram destruir a unidade do país.

            As principais revoltas regenciais, foram:

 

  • A Cabanagem, na província do Pará. Movimento popular, composta por camponeses de origem mestiça;
  • A Balaiada, na província do Maranhão. Também, movimento popular composto por negros alforriados (libertos) e quilombolas, brancos pobres e mestiços;
  • A Sabinada, na cidade de Salvador, liderada por setores da intelectualidade da classe média baiana;
  • A Revolta dos escravos malês, na província da Bahia; e
  • A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, na província do Rio Grande do Sul, e que se alastrou por Santa Catarina. Esse movimento foi liderado pelos grandes fazendeiros gaúchos, insatisfeitos com a política econômica do Império.

 

O GOLPE DA MAIORIDADE - Como os problemas só aumentaram e os partidos não chegavam a um acordo, alguns políticos e intelectuais do Império propuseram que se declarasse a maioridade do príncipe Pedro de Alcântara, mesmo ele tendo apenas 14 anos de idade. Assim, com a coroação de D. Pedro II, em 1840, iniciou-se o Segundo Reinado no Brasil.

_____________________________________

 

 

EXERCÍCIOS

 

1) O que pretendiam as elites ao apoiarem D. Pedro I e o coroarem Imperador, após a aclamação da independência do Brasil, em 1822 ?                     

2) Quais os fatos que levaram o imperador D. Pedro I a se mostrar como um governante absolutista, pouco favorável a interferências no seu governo?          

3) O que foi o Partido Moderador, criado na Constituição imposta por D. Pedro I ?

4) Quais os fatores que fizeram desencadear várias revoltas, durante o Primeiro Reinado?

5) Quais as revoltas que aconteceram no Primeiro Reinado? Em que localidades do Império brasileiro elas estouraram?           

6) Quais os fatores que levaram a abdicação do imperador D. Pedro I, em 1831 ?

7) O que foi a Regência, na história do império brasileiro?

8) Por que o Período Regencial foi uma época de grande instabilidade política, econômica e social?

9) Quais as revoltas que aconteceram no Período Regencial? Em que localidades do Império brasileiro elas estouraram?

10) Por que podemos dizer que a Revolução Farroupilha, contrariamente às outras revoltas da Regência, foi um movimento das elites?

11) O que foi o Golpe da Maioridade, no final do Período Regencial?

           

GABARITO - O IMPÉRIO BRASILEIRO

 

1) R: esses grupos separatistas pretendiam que o imperador governasse de acordo com seus interesses.

2) R: Dissolveu a assembléia constituinte que ele mesmo criara e, à portas fechadas, mandou elaborar uma nova Constituição de acordo com os seus propósitos.

3) R: Esse poder, exclusivo do imperador, fazia com que D. Pedro tivesse o controle sobre os outros três poderes.

4) R: A imposição da Constituição de 1824 e as arbitrariedades do monarca.

5) R: A Confederação do Equador, em Pernambuco, e a Guerra Cisplatina, no sul (atual Uruguai).

6) R: A derrota do império na Guerra Cisplatina, em 1828, aliada ao descontentamento popular, devido à crise econômica do país.

7) R: Como o herdeiro do trono tinha apenas 5 anos de idade, um grupo de políticos eleitos pelo Conselho do Império governou o país até que o príncipe D. Pedro de Alcântara atingisse a maioridade legal.

8) R: Porque aconteceram diversas revoltas separatistas, algumas de caráter republicano, que ameaçaram destruir a unidade do país.

9) R: A Cabanagem, na província do Pará; a Balaiada, na província do Maranhão; a Sabinada, na cidade de Salvador; a Revolta dos escravos malês, na província da Bahia; e a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, na província do Rio Grande do Sul.

10) R: Esse movimento foi liderado pelos grandes fazendeiros gaúchos, insatisfeitos com a política econômica do Império.

11) R: Intelectuais e políticos do Império propuseram que se declarasse a maioridade do príncipe D. Pedro de Alcântara, mesmo ele tendo apenas 14 anos de idade, para coroá-lo logo como imperador.

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

O IMPÉRIO BRASILEIRO II: O Segundo Reinado

 

D. Pedro II foi aclamado imperador aos 15 anos de idade. A antecipação de sua maioridade, para que ele pudesse assumir o trono real, foi a única opção encontrada para se por fim ao governo regencial, que na época era visto como o provável causador das rebeliões e abalos sociais que passaram a atingir o país após a abdicação de D. Pedro I.

 

O SEGUNDO REINADO – Foi o período do governo do Imperador D. Pedro II, que se iniciou em 1840, e se prolongou até 15 de novembro de 1889, quando se implantou a República no Brasil. Esse período foi um momento em que o país passou por várias mudanças internas:

  • controle dos movimentos revoltosos e separatistas;
  • reorganização do cenário político, com a instituição de dois partidos políticos que eram favoráveis a monarquia: o Partido Conservador e o Partido Liberal;
  • a instauração do sistema parlamentarista;
  • a reativação do comércio internacional.

 

O PODER DO CAFÉ NA ECONOMIA DO PAÍS - O café detinha ótimas condições de plantio. O Sudeste contava com solo e clima favoráveis – Minas Gerais, após a decadência da mineração, passou a investir na plantação do café, no Rio de Janeiro ele se espalhou até Campos e ao sul do Estado chegou a Vassouras, situada no Vale do Paraíba, quando a produção voltou-se para o comércio exportador. Houve um aquecimento na economia do país, o que alimentou a ganância dos grandes proprietários rurais, que passaram a utilizar a mão-de-obra escrava em grande escala. O país passou a exportar mais do que importava, favorecendo assim, a balança comercial brasileira. Uma nova classe social, os barões de café, passaram a sustentar o governo imperial e deter grande influência política. Com o advento do café formaram-se muitas cidades, surgiram novos latifúndios, construíram-se ferrovias e os portos de Santos e do Rio de Janeiro prosperaram.

 

O SISTEMA PARLAMENTARISTA - No ano de 1847 foi implantado o Parlamentarismo, forma de governo na qual o poder responsável por criar as leis – o Legislativo -, representado pelos deputados e senadores, passa a exercer um posto muito respeitado. Os parlamentares escolhiam um Primeiro Ministro, para representar o governo.

 

O PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS - O sistema parlamentar brasileiro tinha uma característica própria, oposta ao do regime da Inglaterra – neste país o povo tinha o direito de indicar os deputados do parlamento, a quem cabia optar pela escolha do primeiro-ministro e sua deposição, caso necessário. No Brasil, D. Pedro II, através do Poder Moderador - exclusivo do imperador -, gozava de absoluto poder, tendo força suficiente para demitir todo o ministério e diluir a câmara de parlamentares e chamar novas eleições, conforme os acontecimentos políticos do momento, motivo pelo qual historicamente ficou conhecido como Parlamentarismo às avessas.

 

ESCRAVIDÃO E AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO POPULAR - O governo imperial brasileiro resistia em banir o tráfico de escravos, contando com o apoio das elites de grandes fazendeiros. Contudo, havia tratados e acordos firmados com a Inglaterra, país que, por razões econômicas, defendeu o fim do tráfico de escravos. Depois de uma série de perseguições aos navio negreiros por navios de guerra britânicos, em 1850, o Brasil deu-se por vencido e tornou oficialmente pública a Lei Eusébio de Queirós, a qual decidiu categoricamente eliminar o tráfico de escravos da África para o Brasil. Foi somente em 13 de maio de 1888 que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que terminou com a escravidão dos negros, dentro do território brasileiro. Sem a mão-de-obra escrava, a solução encontrada pelos bem sucedidos fazendeiros paulistas de café foi o estímulo à vinda de colonos europeus para trabalhar em suas plantações, os imigrantes, os quais introduziram o trabalho assalariado. O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão.

 

DECLÍNIO DO SEGUNDO REINADO - A República estava surgindo aos poucos, como conseqüência de profundas mudanças econômicas, políticas e sociais que estavam ocorrendo no País. A produção de café, em virtude do desgaste do solo, decaiu no Vale do Paraíba e no Rio de Janeiro. Em contrapartida, os fazendeiros do Oeste Paulista ampliaram sua produção, favorecidos pelas terras roxas, adequadas ao cultivo do café. Para os grandes proprietários de terras nordestinos a monarquia já não lhes favorecia; assim o sistema monárquico foi perdendo força perante as novas pretensões políticas e sociais emergentes. As mudanças exigiam um novo sistema de governo, e através de um golpe político, liderado por intelectuais e militares do Exército, implantou-se a República no Brasil, no dia 15 de novembro de 1889, quando o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o governo. O velho imperador D. Pedro II e toda a sua família foram exilados do país pelo novo governo republicano.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Por que D. Pedro II foi aclamado imperador com apenas 15 anos de idade, antes de completar a maioridade?        

2) O que foi o Segundo Reinado, na história do Brasil ?      

3) Quais as mudanças internas que marcaram o Segundo Reinado?

4) Quais as condições que levaram o café a ser o principal produto da agricultura de exportação brasileira na época do Segundo Reinado?

5) Quais as principais regiões brasileiras em que o café foi plantado em larga escala? Qual a mão de obra utilizada nessas plantações?

6) Qual a nova classe social que passou a sustentar o governo imperial e deter grande influência política, durante o Segundo Reinado?

7) Quais as mudanças no país que foram resultado da riqueza produzida com o advento do café?

8) O que foi o parlamentarismo?

9) Por que o sistema parlamentarista brasileiro, no Segundo Reinado, ficou conhecido como um “parlamentarismo às avessas”?

10) Qual o país, que por razões econômicas, pressionou o Brasil para acabar com o sistema escravista?

11) O que foi a lei Euzébio de Queiroz, aprovada em 1850?

12) Qual a lei que acabou definitivamente com a escravidão negra no Brasil, em 1888?

13) Qual a solução encontrada pelos fazendeiros paulistas para substituir os escravos negros nas fazendas de café?

14) Quais os grupos sociais que, através de um golpe político, derrubaram o Império e proclamaram a República no Brasil, em 1889?

15) O que aconteceu com a família imperial, após a proclamação da República?

           

 

GABARITO - O IMPÉRIO BRASILEIRO II

 

1) R: Foi a única opção encontrada para se por fim ao governo regencial, que na época era visto como o provável causador das rebeliões e abalos sociais que passaram a atingir o país após a abdicação de D. Pedro I.

2) R: Foi o período do governo do Imperador D. Pedro II, de 1840 a 1889.

3) R: Controle dos movimentos revoltosos e separatistas; reorganização do cenário político, com a instituição de dois partidos políticos que eram favoráveis a monarquia: o Partido Conservador e o Partido Liberal; a instauração do sistema parlamentarista; e a reativação do comércio internacional.

4) R: O café detinha ótimas condições de plantio. O Sudeste contava com solo e clima favoráveis,

5) R: Minas Gerais e no Rio de Janeiro, onde ele se espalhou até Campos e ao sul do Estado chegou a Vassouras, situada no Vale do Paraíba.

6) R: Os barões de café

7) R: Formaram-se muitas cidades, surgiram novos latifúndios, construíram-se ferrovias e os portos de Santos e do Rio de Janeiro prosperaram.

8) R: Forma de governo na qual o poder responsável por criar as leis – o Legislativo -, representado pelos deputados e senadores, passa a exercer um posto muito respeitado.

9) R: O sistema parlamentar brasileiro tinha uma característica própria, oposta ao do regime da Inglaterra. Lá os membros do parlamentos eram eleitos, aqui no Brasil, o Imperador controlava e interferia no Parlamento.

10) R: A Inglaterra.

11) R: Foi a lei que eliminou o tráfico de escravos da África para o Brasil.

12) R: Lei Áurea

13) R: Foi o estímulo à vinda de colonos europeus para trabalhar em suas plantações: os imigrantes.

14) R: Intelectuais civis e militares do Exército

15) R: O imperador D. Pedro II e toda a sua família foram exilados do país.

 

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

 

OS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO XIX

 

            A formação territorial dos EUA foi marcada por uma política expansionista no continente americano. A ocupação do território foi feita por migrações internas e externas, através de imigrantes europeus, que adquiriram terras a preços moderados do governo dos Estados Unidos, depois de tomadas aos índios.

            No sentido de ampliar os mercados consumidores em seu próprio território, os investidores norte americanos patrocinaram a “conquista do oeste”, ocupando territórios indígenas internos e de países vizinhos ou comprando terras na América de potências européias. Dessa forma a fronteira dos EUA estendeu-se do Oceano Atlântico até o oceano Pacífico.

 

TERRITÓRIOS ADQUIRIDOS PELOS ESTADOS UNIDOS:

 

  • A Flórida foi comprada da Espanha por 5 milhões de dólares.
  • O território mexicano do Texas uniu-se aos Estados Unidos em 1845, depois de sua população declarar-se independente, após uma guerra dos EUA contra o México.
  • Também tomados do México, os EUA dominaram um vasto território, que inclui os atuais estados do Arizona, Novo México, Califórnia, Utah e Colorado.

 

A descoberta de ouro na Califórnia atraiu grande quantidade de pioneiros para a região, determinando o incremento da construção de ferrovias que se estenderam do leste ao oeste dos Estados Unidos.

Entre os anos 30 a 60 do século XIX, entraram 4.600.000 imigrantes nos EUA: ingleses, irlandeses e alemães. Uma das medidas do governo no sentido de estimular a ocupação dos novos território adquiridos, foi a aprovação da Lei de Cessão de Terras, em 1862, que permitiu a distribuição de terras gratuitas aos estrangeiros.

            A expansão para o oeste transformou os EUA num país continental e permitiu-lhe estabelecer relações econômicas com os mercados ocidentais e orientais, na Ásia.

 

 

            No processo de sua expansão imperialista, os EUA procuraram garantir os mercados latino-americanos. O principal instrumento utilizado foi a “Doutrina Monroe” (1823), cujo lema era: “A América para os Americanos”.

 

A GUERRA DE SECESSÃO - O desenvolvimento econômico interno dos EUA não foi o mesmo em todo o seu território. Desde os tempos em que o país era uma colônia da Inglaterra, no Norte, a economia era apoiada por bases manufatureiras e industriais, e no Sul, predominava o poder de uma aristocracia latifundiária escravista, sendo a agricultura de exportação a base da economia da região. As diferenças entre os interesses dos estados do norte e do sul desencadeou a Guerra de Secessão (1861-1865).

 

Os fatores que levaram ao conflito:

  • A Questão Tarifária -.A burguesia industrial nortista, em oposição aos fazendeiros ricos do Sul, defendia uma política de taxas altas para os industrializados que vinham da Europa, para evitar a concorrência com os produtos de suas indústrias em desenvolvimento.
  • A Questão escravista – Os nortistas queriam limitar a escravidão nos Estados Unidos apenas aos estados do sul, já que o regime escravista era um obstáculo à política capitalista industrial do Norte. Em contrapartida, os aristocratas do Sul defendiam a expansão da escravidão aos novos estados do oeste, no sentido de fortalecerem os seus interesses.

                       

A vitória das eleições para Presidência da República do abolicionista Abrahan Lincoln, do recém-formado Partido Republicano, fez explodir a revolta dos estados do Sul, proclamando a sua secessão, ou separação dos EUA. O Governo do país, com sua sede no Norte, não aceitou a secessão, dando início à guerra.

 

O Sul dispunha de apenas uma fábrica de armamento pesado. O Norte saiu Vitorioso, pois contava com uma imponente indústria, rede ferroviária e uma esquadra poderosa.

 

A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA – Durante a guerra, em 1863, o presidente Lincoln decretou a abolição da escravidão no Sul. Visava desorganizar a economia sulista, instigando os escravos à revolta contra seus senhores. A abolição foi oficializada em 1865, com o término da Guerra de Secessão.

 

Após a Guerra de Secessão, a burguesia nortista se impôs politicamente, fortalecendo a política capitalista do país. As grandes propriedades agrárias do Sul tiveram suas características produtivas modificadas. Foram adotadas nessas áreas uma política agrícola que atendesse as necessidades industriais dos EUA;

Os sulistas resistiram a abolição dos negros, marginalizando-os politicamente e economicamente. Foram submetidos a uma série de pressões, que incluíram até a criação de grupos racistas atuantes como a Ku Klux Klan. Essa associação perseguiu e matou centenas de negros até meados do século XX.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Como se deu a ocupação do território dos EUA, durante a formação do país no século XIX?   

2) Quem eram, inicialmente, os donos das terras que foram tomadas pelo governo dos EUA?       

3) Qual a origem das terras adquiridas pelos Estados Unidos na “Conquista do Oeste”, ao longo do século XIX?

4) Como a Flórida foi adquirida pelos EUA?            

5) Quais os atuais estados que foram incorporados aos Estados Unidos, após uma guerra com o México, no século XIX?         

6) Qual a naturalidade da maioria dos imigrantes europeus que entraram nos EUA, para colonizar os novos territórios, durante o século XIX?

7) O que foi a Lei de Cessão de Terras, em 1862?

8) O que pregava a Doutrina Monroe, nos EUA?

9) Qual o aspecto econômico que diferenciava os estados do Norte e Sul dos EUA, antes da Guerra de Secessão?

10) Por que a burguesia industrial nortista fazia oposição aos fazendeiros ricos do Sul?

11) Por que os industriais nortistas eram contra a expansão da escravidão para todos os EUA?

12) O que levou os estados do Norte a saírem vitoriosos na Guerra de Secessão?

13) Em que aspecto as grandes propriedades agrárias do Sul tiveram suas características produtivas modificadas pelos governantes nortistas?                     

14) Como os sulistas resistiram a abolição da escravatura e aos direitos adquiridos pelos negros, após a Guerra de Secessão?                       

15) O que foi a Ku Klux Klan? De que forma ela atuou nos estados do Sul para impor o domínio da minoria branca?       

                       

 

GABARITO - OS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO XIX

 

1) R: A ocupação do território foi feita por migrações internas e externas, através de imigrantes europeus, que adquiriram terras a preços moderados do governo dos Estados Unidos.

2) R: Os índios

3) R: Eram territórios indígenas internos e de países vizinhos ou comprados de potências européias.

4) R: Foi comprada da Espanha por 5 milhões de dólares.

5) R: Texas, Arizona, Novo México, Califórnia, Utah e Colorado.

6) R: Ingleses, irlandeses e alemães

7) R: Permitiu o Governo distribuir terras gratuitas aos estrangeiros, com o objetivo de ocupar os novos territórios adquiridos pelos EUA.

8) R: A “América para os americanos”.

9) R: No Norte, a economia era apoiada por bases manufatureiras e industriais, e no Sul, predominava o poder de uma aristocracia latifundiária escravista, sendo a agricultura de exportação a base da economia da região.

10) R: Os nortistas defendiam uma política de taxas altas para os industrializados que vinham da Europa, para evitar a concorrência com os produtos de suas indústrias em desenvolvimento.

11) R: O regime escravista era um obstáculo à política capitalista industrial do Norte

12) R: O Norte saiu contou com uma imponente indústria, rede ferroviária e uma esquadra poderosa.

13) R: Foram adotadas nessas áreas uma política agrícola que atendesse as necessidades industriais dos EUA.

14) R: Marginalizando-os politicamente e economicamente.

15) R: Uma associação racista criado nos estados do Sul, após a Guerra de Secessão. Essa associação perseguiu e matou centenas de negros até meados do século XX.

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

 

O MOVIMENTO OPERÁRIO E O SOCIALISMO NO SÉCULO XIX

 

No século XIX, movidos pela necessidade de combater a exploração capitalista, os trabalhadores das fábricas se organizaram fazendo surgir o movimento operário. O objetivo desse movimento era combater as condições subumanas originadas pelo processo de industrialização: fome, altas jornadas de trabalho, condições miseráveis de moradia, prostituição, desemprego e a exploração da mão-de-obra de crianças e mulheres.

 

O LUDISMO - A primeira manifestação de trabalhadores foi o Ludismo, na Inglaterra. Este movimento, liderado pelo artesão Ned Ludd, tinha por objetivo sabotar as fábricas, destruindo as máquinas e atacando os seus proprietários. A reação do Estado Inglês foi violenta, com perseguições e condenações à morte. Esse movimento teve o seu auge por volta de 1811-1812.

 

O CARTISMO - A partir de 1830, desenvolveu-se o segundo momento da luta operária na Inglaterra. Os trabalhadores ingleses criaram uma associação operária que foi considerada ilegal pelo governo. Em 1837, essa associação elaborou uma carta ao Parlamento da Inglaterra. Esse documento denominou-se a “Carta do Povo”. As principais reivindicações dessa carta foram: Mudanças nos sistema político eleitoral com a introdução do sufrágio universal masculino e o voto secreto, participação no Parlamento de representantes da classe operária e direitos trabalhistas.

O movimento enfraqueceu-se por volta de 1848, devido à morte de muitos trabalhadores, resultado da violenta repressão do Estado.

 

O SINDICALISMO – Os sindicatos foram muito atuantes a partir do final do século XIX e passaram a significar a principal organização de representação da massa operária. Com o objetivo de obter melhores condições de trabalho, defendiam a constituição de leis trabalhistas, garantindo assim uma transformação social mais ampla. Os sindicatos das várias categorias de trabalhadores passaram a organizar greves, passeatas e diversas outras manifestações por melhores condições de vida e trabalho. A partir do início do século XX e até os dias de hoje, muitos representantes sindicalistas passaram a entrar para a vida política.

 

O SOCIALISMO - Diante da situação de constante exploração da classe proletária, muitas críticas surgiram contra o capitalismo. Algumas correntes de pensamento começaram a repensar o mundo e propuseram a criação de modelos de sociedades que fossem mais justas e igualitárias para todos, onde as diferenças de classe fossem abolidas. Assim surgiram as idéias socialistas.

            Os principais defensores do socialismo foram os marxistas, pois a base de suas idéias foram estabelecidas nas obras “O Manifesto Comunista” e “O Capital”, escritas por Karl Marx e F. Engels.

Os marxistas colocavam que cabia aos trabalhadores se organizarem politicamente para ter consciência do seu papel revolucionário e lutar pela conquista do poder, destruindo a sociedade capitalista governada pela burguesia. Só assim criariam uma sociedade socialista, onde houvesse igualdade.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) Quais os fatores que levaram ao surgimento do movimento operário, no século XIX ?              

2) Qual o objetivo do movimento operário ?            

3) Onde surgiu o primeiro movimento operário, após a Revolução Industrial ? Como foi chamado esse movimento ?                

4) De que forma os ludistas lutaram contra a exploração capitalista ?                     

5) Qual o nome do segundo movimento operário que se manifestou no século XIX ? Em que país esse movimento aconteceu ?

6) Quais as reivindicações dos cartistas na “Carta do Povo” ?

7) O que os sindicatos passaram a defender, a partir do final do século XIX ?

8) De que forma os sindicatos passaram a pressionar os patrões para obter melhores condições de trabalho para o proletariado ?

9) O que defendiam os pensadores socialistas ?

10) De que forma os socialistas marxistas achavam que a sociedade socialista deveria ser criada ?

           

GABARITO – O MOVIMENTO OPERÁRIO E O SOCIALISMO (SÉC. XIX)

 

  1. R: Movidos pela necessidade de combater a exploração capitalista, os trabalhadores das fábricas se organizaram fazendo surgir o movimento operário.
  2. R: Combater as condições subumanas originadas pelo processo de industrialização: fome, altas jornadas de trabalho, condições miseráveis de moradia, prostituição, desemprego e a exploração da mão-de-obra de crianças e mulheres.
  3. R: Inglaterra. Foi chamado de Ludismo.
  4. R: Tinha por objetivo sabotar as fábricas, destruindo as máquinas e atacando os seus proprietários.
  5. R: Cartismo. Esse movimento aconteceu na Inglaterra.
  6. R: Mudanças nos sistema político eleitoral com a introdução do sufrágio universal masculino e o voto secreto, participação no Parlamento de representantes da classe operária e direitos trabalhistas.
  7. R: Obter melhores condições de trabalho, defendiam a constituição de leis trabalhistas, garantindo assim uma transformação social mais ampla.
  8. R: Passaram a organizar greves, passeatas e diversas outras manifestações.
  9. R: propuseram a criação de modelos de sociedades que fossem mais justas e igualitárias para todos, onde as diferenças de classe fossem abolidas.
  10. R: Os marxistas colocavam que cabia aos trabalhadores se organizarem politicamente para ter consciência do seu papel revolucionário e lutar pela conquista do poder, destruindo a sociedade capitalista governada pela burguesia.

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

O IMPERIALISMO

 

Acompanhando a expansão industrial no século XIX na Europa, Estados Unidos (América do Norte) e Japão (Ásia), desenvolveu-se uma poderosa corrida entre as grandes potências, em busca de novos mercados, para consumir os produtos de suas fábricas. Essa nova onda expansionista realizou-se principalmente nos continentes africano e asiático.

Essa nova forma de exploração capitalista efetuou-se através da criação de colônias, nas quais a administração e as leis eram impostas diretamente pelas metrópoles (países colonizadores). Em algumas áreas os europeus usaram forças militares para conquistar os territórios, em outras, os líderes africanos e os europeus entraram em entendimento à respeito do controle em conjunto sobre os territórios.

 

CAUSAS QUE LEVARAM A EXPANSÃO IMPERIALISTA:

 

. Novos mercados - O processo colonialista dos séculos XIX-XX tinha como objetivo a busca de regiões fornecedoras de matérias-primas para as indústrias e de novos mercados consumidores para os produtos produzidos nas fábricas européias.

. Excedentes populacionais - O desemprego e a miséria das populações empobrecidas causavam constantes conflitos sociais em alguns países da Europa, daí a necessidade de escoar para outros continentes esses contingentes humanos em excesso;

. Concorrência entre grandes empresas industriais na Europa - A segunda metade do século XIX caracterizou-se pela concentração de capital nas mãos de poucas empresas de grande porte. As necessidades cada vez mais freqüentes de lucros por parte das grandes indústrias levou-as a associarem-se com o capital dos bancos, caracterizando o que se convencionou chamar de “capitalismo monopolista e financeiro”, ou seja, as grandes empresas passaram a controlar as atividades mais importantes do mercado.

. Evolução tecnológica na produção, nos transportes e comunicações - Desenvolvimento da petroquímica, fabricação do aço em larga escala em grandes siderúrgicas, uso da eletricidade e dos motores à combustão, etc. Nos transportes e comunicações, o aperfeiçoamento do transporte ferroviário, o aparecimento do navio a vapor, a expansão das redes de telégrafo e mais tarde, do telefone, fizeram com que o mundo ficasse menor, fazendo assim, com que os mecanismos de dominação imperialista se tornassem mais eficazes.

 

Todas as mudanças citadas acima fizeram parte de um processo de grande massificação da indústria, na segunda metade do século XIX, que alguns historiadores convencionaram chamar de “Segunda Revolução Industrial”.

 

JUSTICATIVAS PARA O IMPERIALISMO: Nas colônias, a elite branca, vinda principalmente da Europa, estabeleceu-se como classe privilegiada, possuindo diversos direitos. Cabia às populações negras africanas e amarelas asiáticas, ou seja, originárias das regiões submetidas, os cargos subalternos e as piores condições de vida e trabalho em sua própria terra. No processo de ocupação e dominação sobre as regiões colonizadas, uma grande violência se abateu sobre as populações nativas daqueles continentes. Os europeus se basearam em razões culturais e raciais para justificar sua colonização sobre regiões menos desenvolvidas do globo terrestre. Os países imperialistas evidenciaram a necessidade de uma “missão civilizadora” do homem branco europeu sobre os africanos e asiáticos, considerados como “raças inferiores”.

 

AS CONSEQUÊNCIAS DO IMPERIALISMO - As grandes potências européias passaram a alcançar lucros fantásticos. O sistema colonial destruiu o padrão econômico das áreas dominadas, causando miséria, fome, guerras tribais e mortalidade infantil, até os dias de hoje. O imperialismo também ligou a África às grandes potências, deixando esse continente dependente da economia dos países ricos.

        Fome e miséria na Índia, sob a dominação inglesa

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

1) De que regiões do mundo surgiram grandes potências que empreenderam a corrida imperialista do século XIX ?                

2) Quais os principais continentes do planeta que foram atingidos pela onda expansionista das grandes potências industriais, no século XIX ?

3) De que forma as metrópoles (países colonizadores) se organizaram nas áreas colonizadas para empreender a exploração capitalista  ?                

4) Quais as duas formas estabelecidas pelos europeus para dominar suas colônias ?

5) Qual o principal objetivo do processo colonialista europeu nos séculos XIX-XX ?

6) Por que havia a necessidade de se escoar, para fora da Europa, parte da população de alguns países desse continente?

7) O que foi o capitalismo monopolista e financeiro, no processo da expansão imperialista do século XIX e XX?

8) Cite dois avanços da evolução tecnológica que marcou a Segunda Revolução Industrial, no final do século XIX:

 

a) na indústria:  

b) nos transportes:

c) nas comunicações:

 

9) Como viviam os povos nativos africanos e asiáticos nas colônias submetidas pelo europeu ?    

10) Qual a justificativa dos europeus para colonizarem as populações dos continentes africano e asiático ?

11) Cite 2 consequências do imperialismo para os povos africanos e asiáticos.

                       

GABARITO – O IMPERIALISMO

 

  1. R: Europa, Estados Unidos (América do Norte) e Japão (Ásia)
  2. R: África e Ásia
  3. R: através da criação de colônias, nas quais a administração e as leis eram impostas diretamente pelas metrópoles (países colonizadores)
  4. R: Em algumas áreas os europeus usaram forças militares para conquistar os territórios, em outras, os líderes africanos e os europeus entraram em entendimento à respeito do controle em conjunto sobre os territórios
  5. R: Busca de regiões fornecedoras de matérias-primas para as indústrias e de novos mercados consumidores para os produtos produzidos nas fábricas européias
  6. R: O desemprego e a miséria das populações empobrecidas causavam constantes conflitos sociais
  7. R: A concentração de capital nas mãos de poucas empresas de grande porte, que passaram a controlar as atividades mais importantes do mercado.
  1. R:

                a) na indústiras: Desenvolvimento da petroquímica e fabricação do aço em larga escala em grandes siderúrgicas

                b) nos transportes: o aperfeiçoamento do transporte ferroviário e o aparecimento do navio a vapor

                c) nas comunicações: expansão das redes de telégrafo e o telefone

 

       9. R: Cabia às populações negras africanas e amarelas asiáticas os cargos subalternos e as piores condições de vida e trabalho em sua própria             terra

10. R: Os europeus se basearam em razões culturais e raciais, ou seja, evidenciaram a necessidade de uma “missão civilizadora” do homem branco europeu sobre os africanos e asiáticos, considerados como “raças inferiores”

11. R: As grandes potências européias passaram a alcançar lucros fantásticos; A colonização destruiu o padrão econômico das áreas dominadas, causando miséria, fome, guerras tribais e mortalidade infantil; O imperialismo ligou a África às grandes potências, deixando esse continente dependente da economia dos países ricos.

 

///////////////////////////////////////////////////////////

 

O IMPERIALISMO DOS ESTADOS UNIDOS

               

Entre 1861 a 1865 os Estados Unidos viveu a Guerra de Secessão, ou seja, uma guerra civil entre os estados nortistas industrializados contra os estados sulistas agrícolas e escravocratas. Com a vitória do Norte, em 1865, a escravidão foi abolida nos Estados Unidos e a burguesia passou a criar medidas para patrocinar a produção interna no país, impedindo a entrada de produtos estrangeiros concorrentes com a produção nacional.

Os norte-americanos fortaleceram sua expansão para o Oeste, fazendo assim com que novas regiões da América do Norte fossem incorporadas aos Estados Unidos, tornando o território do pais bem maior. Essa expansão territorial se deu através de guerras com o México e Espanha e compra de regiões pertencentes, também da Espanha, França e Inglaterra. Os 13 estados iniciais, no século XVIII, evoluíram para 50 estados, até o final do século XIX.

 

Grande parte das nações indígenas dos EUA foram massacradas pelos brancos norte-americanos no processo de expansão para o Oeste.

 

Os Estados Unidos se industrializaram e no final do século XIX e início do XX iniciaram o seu expansionismo imperialista. Os países da América Latina passaram a sofrer fortes influências da economia norte-americana: Cuba, Nicarágua, Colômbia, República Dominicana, México e outros

As relações externas dos Estados Unidos, no início de seu expansionismo, foram extremamente críticas, uma vez que a presença norte-americana não se fez somente através de empréstimos aos países latinos, mas, principalmente, com intervenções armadas, justificadas por ideologias de caráter imperialista. Uma delas foi a “política do Big Stick”, iniciada com o presidente Theodore Roosevelt, no final do século XIX.

_____________________________________

 

EXERCÍCIOS

 

  1. O que foi a Guerra de Secessão nos Estados Unidos ?
  2. Quais as mudanças ocasionadas no país, após a vitória dos nortistas na Guerra de Secessão?
  3. Como os E.U.A. tiveram o seu território aumentado, ao longo do século XIX?
  4. Quantos estados foram criados, após a expansão territorial dos Estados Unidos até o final do século XIX?
  5. Qual o destino das nações indígenas no processo de expansão territorial dos EUA, ao longo do século XIX?
  6. Que países latino-americanos passaram a ser anexados ou dominados economicamente pelos Estados Unidos, no final do século XIX e início do XX ?
  7. Qual o nome da política de intervenções armadas para impor a política imperialista dos EUA na América Latina, iniciada pelo presidente Theodore Roosevelt, no final do século XIX?
 
 

GABARITO - O IMPERIALISMO DOS ESTADOS UNIDOS

 

  1. R: Uma guerra civil nos EUA, entre os estados nortistas industrializados contra os estados sulistas agrícolas e escravocratas.
  2. R: A escravidão foi abolida nos Estados Unidos e a burguesia passou a criar medidas para patrocinar a produção interna no país,
  3. R: Essa expansão territorial se deu através de guerras com o México e Espanha e compra de regiões pertencentes, também da Espanha, França e Inglaterra.
  4. R: 50 estados
  5. R: Defendeu-se os interesses pela tomada de posse dos territórios indígenas pelo homem branco, o que levou ao massacre de muitas tribos. Os índios foram taxados como bandidos que criavam obstáculos ao desenvolvimento.
  6. R: Cuba, Nicarágua, Colômbia, República Dominicana, México e outros.
  7. R: Política do Big Stick ou política do grande porrete